Paolla Oliveira, a atriz que nos últimos anos se tornou uma referência no Carnaval carioca, recentemente compartilhou suas opiniões sobre a nova rainha de bateria da Grande Rio, Virginia Fonseca. Em entrevista exclusiva ao videocast *Conversa Vai, Conversa Vem*, do jornal *O Globo*, Paolla ressaltou a importância do respeito e da união entre as mulheres, especialmente em um ambiente como o carnaval, no qual a rivalidade pode ser uma tentação.
A transição da realeza da Grande Rio
Após anos sendo a rainha de bateria da Grande Rio, Paolla explicou que a escolha de Virginia para assumir seu lugar deve ser respeitada. Para a atriz, não cabe a ninguém questionar as decisões da escola de samba, que possui uma longa tradição de escolha de suas lideranças. “A Grande Rio tem anos de história escolhendo e tomando decisões. Não cabe a gente questionar e apontar. Eles sabem o que estão fazendo. Eu vou estar lá e vou passar a faixa pra ela”, afirmou Paolla.
Relação com Virginia e representatividade feminina
‘Não conheço Virginia pessoalmente, mas reconheço a importância dela neste papel,’ disse Paolla, enfatizando que não se deve criar uma rivalidade entre mulheres, mas sim apoiar umas às outras. “O título de rainha de bateria é algo que representa as mulheres daquela comunidade. O que desejo pra ela é que ela tenha amor, responsabilidade e dedicação com toda a comunidade”, explicou a atriz, deixando claro que a união entre as mulheres é fundamental.
Paolla também falou sobre o peso da responsabilidade que vem com o título que Virginia irá assumir. “Isso é algo que deve ir além da visibilidade. O posto é sobre representar outras mulheres e suas lutas. É crucial apoiar umas às outras, e não criar uma rivalidade.”
Preparativos para o próximo Carnaval
Questionada se pretende se afastar do carnaval após sua saída da Grande Rio, Paolla foi categórica ao afirmar que “Carnaval tá em mim, Grande Rio tá em mim”. Ela mencionou que não sabe exatamente onde irá se apresentar, mas que de alguma forma encontrou uma maneira de estar presente nas festividades. “Vou arrumar um jeito. Isso tá me dando agonia”, disse, expressando sua conexão profunda com a cultura carioca.
Reflexões pessoais e desafios ao ser mulher na sociedade
A entrevista não se limitou ao carnaval; Paolla também comentou sobre seu relacionamento com o cantor Diogo Nogueira, bem como sobre a pressão da sociedade em relação à maternidade. “As pessoas têm uma visão idealizada do nosso relacionamento. Eu me divirto com isso, mas é importante lembrar que, na realidade, temos nossas dificuldades”, disse a atriz.
Por outro lado, Paolla revelou que enfrentou o julgamento de muitos ao admitir sua decisão de não querer ser mãe. “Tive vergonha de dizer que não queria filhos. A sociedade diz que uma mulher precisa ser mãe para ser completa, e isso é uma pressão que precisamos combater.” A atriz reforçou sua confiança em sua decisão e lembrou a importância de defender o direito das mulheres de escolherem seus próprios caminhos.
Um aspecto importante que Paolla deixou claro foi sobre a importância de quebrar estigmas e julgamentos em relação a decisões pessoais. “Eu tenho provado tudo que me proponho a fazer. O fato de não querer filhos não me diminui em nada”, concluiu.
A discussão trazida por Paolla Oliveira sobre a Grande Rio e Virginia Fonseca não apenas destaca a sensibilidade emocional da atriz, mas também reforça a importância da solidariedade entre as mulheres no Brasil, especialmente em um contexto como o do carnaval, onde a rivalidade pode se tornar tóxica. Sua postura representa uma nova perspectiva sobre o empoderamento feminino que merece ser divulgada e celebrada.