Brasil, 4 de setembro de 2025
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ONU denuncia atrocidades em Mianmar e pede ação urgente

Relatório revela que mais de 7.000 pessoas foram mortas pelo Exército de Arakan desde o golpe de Estado em 2021, incluindo mulheres e crianças.

Um novo relatório do Escritório das Nações Unidas para os Direitos Humanos trouxe à luz a gravidade da situação em Mianmar, revelando que, desde o golpe de Estado em 2021, a milícia conhecida como Exército de Arakan assassinou mais de 7.000 pessoas. Este alarmante número inclui um terço de mulheres e crianças, destacando a atrocidade crescente na região de Rakhine, onde a perseguição aos rohingya se assemelha aos horrendos eventos de 2017.

Condições terríveis em Rakhine

O relatório, que documenta as brutalidades com fotos e vídeos, alerta para a violência sistemática que aflige a população da região. Torturas, assassinatos e incêndios em vilarejos estão se tornando uma prática comum. Desde a tomada do poder pela junta militar, o Exército de Arakan intensificou sua luta pelo controle do estado de Rakhine, levando a uma escalada insensata da violência. A prevalência de rohingya, uma etnia muçulmana perseguida, torna a região um ponto crítico de conflito e desespero.

“O Exército de Arakan atua com quase total impunidade, permitindo que violências recorrentes perpetuem o sofrimento da população”, afirmou Volker Türk, alto comissário da ONU para os direitos humanos. O aumento de violências não ocorre em um vácuo; ele se dá em um contexto de inação em virtude de um cessar-fogo desrespeitado, assinado em março, após um terremoto devastador que deixou mais de 5.000 vítimas. A quebra desse acordo mostra a falta de comprometimento desses grupos em interromper o ciclo de violência.

O impacto da violência na população

Além das mortes, o relatório ainda aponta que cerca de 30.000 pessoas foram presas por motivos políticos, com 22.000 delas enfrentando detenções sem garantias processuais em prisões militares. A ONU não apenas denunciou as violências contínuas, mas também fez um apelo para que os responsáveis sejam levados ao Tribunal Penal Internacional. A falta de ações concretas para proteger a população civil e punir os culpados pelos crimes perpetrados está gerando indignação crescente na comunidade internacional.

O papel da comunidade internacional

A grave situação em Mianmar exige ação imediata de organismos internacionais. A ONU, em seu relatório, lança um chamado à ação, solicitando que os estados membros tomem uma posição firme contra os abusos de direitos humanos e trabalhem em conjunto para pressionar a junta militar a respeitar os direitos humanos e garantir a proteção da população vulnerável, especialmente os rohingya.

É imprescindível que a comunidade internacional não feche os olhos para as atrocidades em curso. A responsabilização dos agressores e a proteção dos cidadãos devem se tornar prioridades em um esforço global para restaurar a paz e a dignidade em Mianmar. Se ignoradas, as consequências podem levar a um desastre humanitário ainda maior, aumentando o número de deslocados e vítimas inocentes.

Enquanto isso, a voz da sociedade civil precisa ser ouvida e suas demandas atendidas, frisando a urgência da intervenção internacional. As atrocidades cometidas em Mianmar não podem continuar sem repercussões.

Por fim, a declaração da ONU serve como um lembrete para o mundo de que a injustiça em qualquer lugar é uma ameaça à justiça em todos os lugares. A luta pelos direitos humanos deve ser contínua e coletiva, pois até que os responsáveis enfrentem a Justiça, o ciclo de violência persiste nas sombras da impunidade.

Com a atenção global voltada para Mianmar, é crucial que a indignação não se transforme em esquecimento, mas sim em ação. Os apelos por justiça precisam ecoar não apenas nas salas da ONU, mas também nas consciências de cada um de nós. Somente assim poderemos trabalhar juntos por um futuro de paz e respeito mútuo.

Leia mais sobre a denúncia da ONU sobre a situação em Mianmar

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