Na última quarta-feira (3), após uma audiência geral com o Papa Leão XIV, cinquenta atletas partiram da Praça São Pedro com um propósito especial: participar da maratona que liga Roma a Lecco. Essa corrida não é apenas uma prova de resistência física, mas também uma jornada espiritual que remonta a 1975. Com uma rota de mais de 600 quilômetros, os corredores atravessam etapas em várias cidades italianas, como Rieti, Prato Vecchio, Massa Carrara e Piacenza, até chegar ao Lago de Como.
A tradição da maratona Roma-Lecco
Desde sua origem em 1975, a maratona Roma-Lecco se tornou uma tradição bienal, com algumas exceções, como no ano 2000, devido ao Jubileu. Este evento é organizado pela paróquia Beato Serafino, que serve as comunidades de Chiuso e Maggianico, em Lecco. A corrida não é apenas sobre competição, mas também sobre promoção de valores cristãos e a defesa da vida comunitária.
A tocha como símbolo de responsabilidade
Gianluca Castelnuovo, o organizador do evento, destacou a importância da tocha acesa pelo Papa Leão XIV, que simboliza tanto uma responsabilidade quanto um presente. “Estamos aqui para levar uma mensagem para nossas comunidades, ser testemunhas da vida cristã em nosso cotidiano,” afirmou Castelnuovo. A mensagem é clara: a fé deve ser vivida e compartilhada todos os dias, e essa maratona é uma maneira de transmitir essa convicção.
Uma maratona que promove união e espiritualidade
A maratona Roma-Lecco se apresenta como uma oferta contracorrente, especialmente para os jovens. De acordo com Gianluca, este evento proporciona um espaço de encontro entre diferentes comunidades locais que recebem os corredores durante seu trajeto. “É uma oportunidade de conexão e de compartilhar alegrias e desafios,” completou. Essa jornada, então, se traduz em um rito de espiritualidade que envolve tanto corredores quanto aqueles que os apoiam ao longo do caminho.
Os cinquenta maratonistas enfrentam jornadas diárias que variam entre 120 e 140 quilômetros, sempre acompanhados por uma equipe de apoio que inclui uma van e uma bicicleta. Cada atleta corre um quilômetro antes de passar a tocha para o próximo corredor, criando uma referência de continuidade e união. Reflectindo sobre a importância dessa tradição, Castelnuovo lembrou que alguns dos atuais corredores são netos daqueles que participaram da primeira maratona e que o legado continua forte.
Impacto espiritual e testemunhos pessoais
As histórias de vida dos corredores são tão variadas quanto suas idades. Um testemunho comovente é o de uma jovem que participou da maratona em 1985 e, inspirada pela experiência, seguiu um caminho espiritual que a levou a um convento. Isso ilustra a profundidade do impacto que eventos como este podem ter na vida de uma pessoa, indo além do físico para tocar no íntimo espiritual.
O evento não é apenas uma celebração da aptidão física, mas um forte testemunho de fé e engajamento comunitário. À medida que os atletas continuam sua jornada em direção a Lecco, a tocha acesa pelo Papa Leão XIV segue como um símbolo de esperança, perseverança e a continuidade da vida cristã entre aqueles que os apoiam e encorajam ao longo do caminho.
Com uma programação recheada de atividades e paradas significativas, a maratona Roma-Lecco não apenas promove o esporte, mas também a vivência dos valores cristãos e comunitários, reafirmando a importância da fé no cotidiano dos participantes e espectadores.
Para mais informações sobre a maratona e suas atividades, visite o artigo completo em Vatican News.