A governadora de Dakota do Sul e secretária de Segurança Nacional, Kristi Noem, surpreendeu críticos neste domingo ao fazer declarações polêmicas relacionadas ao ex-presidente Donald Trump e à intervenção militar nos Estados Unidos. Durante uma entrevista na CBS News, Noem afirmou que cidades como Chicago e Los Angeles poderiam ter sido destruídas sem a intervenção federal, atribuindo a ações de Trump a uma suposta preservação da ordem.
Declarações dramáticas sobre o papel de Trump na violência urbana
Noem declarou que “aquela cidade teria sido queimada se deixada às mãos do prefeito e do governador daquele estado”, referindo-se a uma discussão sobre o possível envio de tropas federais lideradas por Trump para Chicago. Ela também elogiou a intervenção de Trump em Los Angeles, ocorrida em junho, ao afirmar que a mobilização de tropas ajudou a evitar a destruição na cidade.
“Os cidadãos de lá, os pequenos empresários no centro de Los Angeles, agradecem ao presidente Trump por ter enviado forças federais e ajudado a manter as ruas abertas, proteger suas casas e manter a ordem,” afirmou Noem, acrescentando que a ação foi de suma importância.
Reações e críticas às declarações de Kristi Noem
As afirmações de Noem foram duramente criticadas por especialistas e pela oposição, que classificaram sua visão como exagerada e sensacionalista. Segundo analistas, a presença de tropas federais não foi suficiente para justificar o tom dramático das declarações, visto que muitos consideraram a atuação federal uma reação excessiva e politicamente motivada.
“O que ela está dizendo é uma dramatização de uma situação complexa, alimentando uma narrativa de caos que não corresponde à realidade”, disse Rafael Gonçalves, mestre em ciência política pela Universidade de São Paulo. “A mobilização de forças federais sempre deve ser usada com responsabilidade, e não como ferramenta de campanha ou de narrativa política.”
Implicações políticas e o contexto atual
As declarações de Noem ocorrem em um momento de intensas discussões sobre o uso da força federal contra protestos e demonstrações por justiça social nos Estados Unidos. A controvérsia evidencia as polarizações existentes e o papel das lideranças estaduais e federais na formação da opinião pública.
Analistas apontam que o discurso da secretária reforça uma linha de argumento favorável ao uso da força, alinhada ao posicionamento de Trump na época, e pode impactar o debate eleitoral em nível nacional. Até o momento, não há uma mudança significativa na política oficial relacionada às declarações de Noem.