Brasil, 4 de setembro de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Julgamento de Bruno Henrique por manipulação de resultados

Bruno Henrique, atacante do Flamengo, é julgado por suposta manipulação de resultados e fala sobre sua inocência.

Na manhã desta quinta-feira, o atacante Bruno Henrique, do Flamengo, está sendo julgado na sede do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), localizada no centro do Rio de Janeiro. O jogador é acusado de ter forçado um cartão amarelo para beneficiar apostadores durante uma partida contra o Santos, realizada no Estádio Mané Garrincha, pelo Campeonato Brasileiro, em 2023. A sessão é conduzida por videoconferência, e Bruno fez um pronunciamento afirmando sua inocência em relação às acusações.

Defesa e alegações de Bruno Henrique

Durante seu discurso, Bruno Henrique se manifestou com confiança: “Gostaria de reafirmar minha inocência, dizer que confio na Justiça Desportiva, jamais cometi as infrações de que sou acusado. Faço questão de mostrar respeito e minha total confiança nesse tribunal. Que tudo transcorra de forma leve e justa”. Com essas palavras, o atleta expressou a esperança de que o julgamento siga um curso correto e imparcial.

O julgamento começou por volta das 10h e não envolve apenas Bruno, mas também outros quatro atletas amadores. Entre eles, Wander Nunes Pinto Junior, irmão de Bruno, além de Claudinei Vitor Mosquete Bassan, Andryl Sales Nascimento dos Reis e Douglas Ribeiro Pina Barcelos, todos este último do círculo de amizade de Wander.

Processo penal e a investigação

Embora Bruno e seu irmão enfrentem um processo criminal que será julgado pela 7ª Vara Criminal de Brasília, a investigação ainda está em andamento. Eles são acusados de fraude em evento esportivo, e o tribunal avaliará se existem provas suficientes para uma condenação. No entanto, o STJD já manifestou que Ludymilla Araújo Lima, esposa de Wander, e Poliana Ester Nunes Cardoso, prima de Bruno Henrique, não estão no escopo das acusações.

Um ponto focal na audiência foi a discussão entre Procuradoria e defesa sobre a validade das evidências apresentadas e a prescrição do caso. A Procuradoria alegou que as provas da Polícia Federal apareceram apenas em junho, enquanto o inquérito foi aberto em maio. O Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) menciona interrupção do prazo, um argumento que a defesa usou para reivindicar que a prescrição já teria ocorrido, já que o prazo teria superado os 60 dias, alcançando mais de 80 dias.

Análise das evidências

A audiência se intensificou com a apresentação de um vídeo em que Douglas Barcelos admite estar ciente do cartão que Bruno Henrique tomaria, reforçando a acusação de manipulação. Além disso, foram ouvidas duas testemunhas, Daniel Cola, delegado da Polícia Federal responsável pela investigação, e Pedro Lacaz, representante da casa de apostas KTO, que poderiam trazer mais clareza aos fatos.

No entanto, a defesa de Bruno Henrique, representada pelo advogado Michel Assef Filho, contestou as acusações, defendendo que a prática de forçar cartões amarelos é uma estratégia comum entre jogadores e clubes no futebol brasileiro, não configurando uma tentativa direta de beneficiar apostadores.

Controvérsias e impedimentos no processo

Outro ponto controverso foi a solicitação do Flamengo para que o árbitro Rodrigo Rafael Klein, que conduziu a partida em questão, fosse chamado para depor. O pedido foi negado pela Procuradoria, o que gerou protestos por parte da defesa, que considera essa presença crucial para o esclarecimento dos fatos.

Enquanto o julgamento prossegue, a expectativa é que uma decisão seja tomada em breve, definindo não só o futuro profissional de Bruno Henrique, mas também as implicações para o Flamengo e o cenário esportivo brasileiro. O caso levanta questões sérias sobre a integridade do futebol e a pressão exercida pela cultura de apostas, tornando-se um tema relevante para a discussão sobre a ética no esporte.

Com as declarações e a forte defesa de Bruno, resta saber como o STJD avaliará as evidências e quais serão as próximas etapas deste caso que já gera polêmica. As vistas estão voltadas para a decisão que pode impactar a carreira do jogador e a imagem do clube carioca.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes