Brasil, 5 de setembro de 2025
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Farmacêutico é preso por venda ilegal de medicamentos pela internet

Um caso preocupante sobre a venda ilegal de medicamentos aconteceu em Ribeirão Preto, São Paulo. Um farmacêutico identificado como Vanderlei Castro, de 39 anos, foi preso em flagrante pela Polícia Civil por supostamente utilizar plataformas digitais para comercializar remédios sem a devida autorização. O episódio traz à tona questões sérias sobre a segurança no uso de medicamentos adquiridos pela internet e a importância do controle nas vendas desse tipo de produto.

A prisão e as circunstâncias do crime

No dia 3 de setembro, a polícia cumpriu um mandado de busca e apreensão na residência de Vanderlei, localizada no bairro Parque Industrial Lagoinha. Durante a ação, os policiais encontraram o farmacêutico em meio a atividades comerciais ilícitas, vendendo diversos medicamentos, incluindo ansiolíticos, sedativos, estimulantes, inibidores de apetite e antidepressivos. Muitos desses medicamentos exigem retenção de receita, o que aumenta as implicações legais da sua venda.

As investigações revelaram que Vanderlei havia realizado cerca de 850 vendas em um único site entre março e junho deste ano. O delegado Diógenes Santiago Netto informou que ele não apenas realizava as transações, mas também fornecia aos compradores os códigos de rastreio das mercadorias. “Ele foi pego fazendo as transações do comércio ilegal de medicamentos”, afirma o delegado.

Detalhes sobre a operação ilegal

Vanderlei utilizava os Correios e transportadoras para enviar os medicamentos adquiridos. Um exemplo destacado pela polícia foi a venda efetuada para um morador de Sorocaba, que comprou quatro caixas de zolpidem e duas de alprazolam, totalizando R$ 267. Surpreendentemente, na declaração de conteúdo dos pacotes, Vanderlei alegava que se tratava de produtos cosméticos ou vitaminas, itens que poderiam ser comercializados livremente. Contudo, na realidade, eram medicamentos que requeriam receita médica.

Legalidade das vendas e implicações

Após sua prisão, Vanderlei alegou que seu registro como farmacêutico estava inativo e admitiu a prática de venda ilegal. Ele passou por audiência de custódia e foi liberado, mas agora responderá pelas acusações de venda irregular de produtos farmacêuticos. A legislação brasileira é rigorosa nesse aspecto, prevendo penalidades que vão desde multas até 15 anos de prisão para aquelas que comercializam medicamentos de maneira irregular.

Riscos à saúde pública

Além das implicações legais, as atividades de Vanderlei levantam importantes preocupações sobre a saúde pública. A compra indiscriminada de medicamentos pela internet pode resultar em riscos significativos, como a utilização de produtos falsificados ou inadequados. O farmacêutico e consultor Jaime Dias de Alvarenga destacou que a venda de medicamentos pela internet requer autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), registro da farmácia e o cumprimento de normas de retenção de receita. “Sem isso, a comercialização é considerada ilegal”, afirmou.

Este caso é um alerta sobre a importância da fiscalização e do controle na venda de medicamentos, que são produtos que devem ser tratados com responsabilidade, considerando os riscos à saúde da população. Com a expansão das vendas online, é fundamental que tanto consumidores quanto autoridades permaneçam vigilantes quanto à legalidade e à segurança das transações realizadas pela internet.

Conclusão

A prisão do farmacêutico em Ribeirão Preto é um exemplo claro das consequências da venda ilegal de medicamentos e a necessidade de medidas rigorosas para proteger a saúde pública. O fato de que ele pôde realizar tantas vendas sem ser descoberto demonstra a urgência de um controle mais eficiente nas plataformas digitais e um reforço nas políticas de fiscalização. Acompanharmos casos como esse é fundamental para garantir que a população tenha acesso a medicamentos seguros e eficazes.

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