No dia 4 de setembro de 2025, a Polícia Federal prendeu o deputado estadual Thiego Raimundo dos Santos Silva, mais conhecido como TH Joias, suspeito de participar de um esquema de tráfico de drogas, comércio ilegal de armas e lavagem de dinheiro. A detenção do parlamentar, que faz parte do partido MDB, revela um cenário alarmante de corrupção e conivência com o crime organizado no Brasil.
Envolvimento com facções criminosas
As investigações apontam que TH Joias teria atuado em benefício de facções veteranas do crime no Rio de Janeiro, como o Comando Vermelho (CV) e o Terceiro Comando Puro (TCP). Estes grupos, rivais entre si, competem pelo controle de várias comunidades da cidade, utilizando métodos violentos e ilegais. O superintendente da Polícia Federal, Fábio Galvão, declarou que o deputado aparentava se preocupar com a segurança pública, no entanto, estava envolvido em negociações clandestinas de armas e drogas.
Transações ilícitas
De acordo com a apuração, TH Joias intermediou uma venda de dois fuzis por cerca de R$ 120 mil para traficantes, além de contrabandear bazucas antidrones, equipamentos perfeitamente projetados para neutralizar drones utilizados pela polícia em operações em áreas dominadas pelo tráfico. O nível de envolvimento do deputado é alarmante, considerando que ele ocupava um cargo público e, teoricamente, deveria zelar pela segurança da população.
Esquema de lavagem de dinheiro
Os investigadores também descobriram que TH Joias estava utilizando uma loja que vende produtos relacionados ao Flamengo, adquirida no município de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, para lavar dinheiro proveniente do tráfico. O procurador-geral de Justiça do Rio de Janeiro, Antonio José Campos Moreira, afirmou que o volume de dinheiro que circula pela loja é incompatível com as vendas reais, levantando suspeitas sobre sua função.
This não é a primeira vez que o deputado é mencionado em investigações relacionadas a lavagem de dinheiro e ligação com o crime organizado. A Polícia Federal apurou que ele utilizava sua loja de joias sob encomenda como fachada para movimentar valores ilícitos, movimentando cerca de R$ 9 milhões em parceria com Luciano Martiniano da Silva, conhecido como Pezão, líder do Comando Vermelho no Complexo do Alemão.
Relações suspeitas com agentes públicos
Entre os clientes da loja de TH Joias, agentes públicos também estão na lista. Um deles, o delegado federal Gustavo Steel, foi preso sob a acusação de receber propinas para vazar informações sigilosas a facções criminosas. A sua noiva foi vista usando um anel que foi vendido pelo deputado, o que levanta ainda mais questões sobre as redes de corrupção envolvidas.
Emprego de pessoas ligadas ao tráfico
Em adição às acusações mais graves, as investigações revelam que o deputado estava empregando mulheres ligadas a traficantes em seu gabinete. Um exemplo é Fernanda Ferreira Castro, esposa de Gabriel Dias de Oliveira, conhecido como Índio do Lixão, que foi preso na mesma operação. O objetivo aparentava ser criar uma fachada de normalidade e proteger o marido, caso ele fosse abordado pela polícia.
Prisão em cenário inesperado
A prisão de TH Joias não ocorreu no gabinete da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, mas em um condomínio de luxo na Barra da Tijuca, onde estava se escondendo na casa de um amigo. A operação foi realizada enquanto a Polícia Federal cumpria mandados de busca e apreensão em seu gabinete, evidenciando a seriedade da situação.
Reflexão sobre a corrupção
O caso de TH Joias ressalta a necessidade urgente de medidas sérias no combate à corrupção e ao tráfico de drogas no Brasil. A atuação de um parlamentar envolvido em atividades ilegais como tráfico e lavagem de dinheiro é um sinal claro de que muitos ainda caminham à margem da lei, colocando em risco a segurança e o bem-estar da sociedade. Este caso deve ser um alerta para a população e uma motivação para que as autoridades intensifiquem seus esforços em preservar a justiça e a ética nas instituições públicas.
A prisão de TH Joias é um indicativo de que, mesmo em posições de poder, a ganância e a corrupção ainda podem encontrar abrigo, mas a esperança é que a justiça prevaleça e que esses atos não fiquem impunes.
