Brasil, 4 de setembro de 2025
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Confronto policial na Zona Oeste do Rio resulta em oito mortos

Operação da polícia em Senador Camará visa prender chefes do tráfico e acaba em confronto. Vítimas foram liberadas em segurança.

No início da manhã de hoje, uma operação conjunta das polícias Civil e Militar na comunidade de Vila Aliança, em Senador Camará, Zona Oeste do Rio de Janeiro, resultou em um intenso confronto que deixou oito pessoas mortas. A ação tinha como objetivo prender os traficantes do Terceiro Comando Puro (TCP), responsáveis pela brutal morte da jovem Sther Barroso dos Santos, ocorrida no mês passado. Durante a operação, seis dos oito mortos teriam mantido um pastor evangélico e uma criança reféns dentro de uma residência local.

Desdobramentos da operação

A operação foi cuidadosamente planejada a partir de informações de inteligência sobre a presença de dois alvos da facção no local: Bruno da Silva Loureiro, conhecido como Coronel, e José Rodrigo Gonçalves Silva, apelidado de Sabão. O Coronel é apontado como o responsável pela morte de Sther Barroso, enquanto Sabão seria o mandante de um ataque a um helicóptero da Polícia Civil, que resultou em um agente baleado.

Na tentativa de cercar os criminosos, a polícia foi recebida a tiros. Em meio ao tiroteio, os bandidos atearam fogo a lixo e utilizaram veículos como barricadas. O Globocop flagrou membros da facção armados com fuzis “escoltando” um ônibus tomado pelos criminosos. Como consequência do confronto, o funcionamento de trens e ônibus na área foi suspenso, levando ao bloqueio de várias vias, como a Avenida Santa Cruz e a Estrada do Taquaral.

O impacto nas comunidades

O forte confronto gerou um clima de pânico, especialmente entre estudantes e moradores da região. Uma escola nas proximidades, o GET Mario Fernandes Pinheiros, teve que isolar alunos nos corredores para protegê-los dos disparos. Na estação Senador Camará da Supervia, passageiros se jogaram no piso dos vagões em busca de segurança.

O caso Sther Barroso dos Santos

A jovem Sther Barroso dos Santos, de apenas 22 anos, foi brutalmente assassinada após deixar um baile funk na madrugada do dia 17 de agosto. Funcionária de uma lanchonete, ela almejava uma vida melhor e frequentemente escrevia seus sonhos em um caderno. Segundo familiares, Sther teria sido espancada e violentada sob ordens do Coronel depois de rejeitar aproximações do traficante.

Seu corpo foi encontrado em estado deplorável, com sinais evidentes de violência sexual. A mãe de Sther relatou que a filha havia tentado se afastar do criminoso, mudando-se de comunidade na esperança de evitar novas investidas.

Repercussão da operação

A operação de hoje gerou uma onda de reações entre os moradores e usuários das vias afetadas. Muitos expressaram medo e preocupação com a segurança nas comunidades dominadas pelo tráfico. “A gente vive com medo. É constante o tiroteio e a impressão de que não temos a proteção que precisamos”, afirmou uma moradora que pediu para não ser identificada.

A autoridades que participaram da operação incluem a Subsecretaria de Inteligência da Polícia Civil (Ssinte), a Subsecretaria de Inteligência da Polícia Militar (SSI), a Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), a Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e o Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), que ressaltaram a importância de ações de inteligência para combater o tráfico de drogas na região.

A luta contra o tráfico no Rio de Janeiro

Essa operação é um reflexo da contínua luta das autoridades do Rio de Janeiro contra o tráfico de drogas, que impacta diretamente a vida de milhares de cidadãos. As operações têm como principal objetivo desmantelar facções e trazer segurança às comunidades, muitas vezes em meio a riscos elevados para os agentes envolvidos e para a população civil.

O futuro da segurança na Zona Oeste do Rio continua incerto, mas a expectativa é que novas ações sejam planejadas para desarticular essas organizações criminosas e minimizar a violência que assola a região.

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