Brasil, 4 de setembro de 2025
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Chile fora do Mundial: a queda da seleção e novos desafios

A seleção chilena está eliminada das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026, refletindo a crise do futebol no país.

Na próxima quinta-feira, às 21h30 (horário de Brasília), Brasil e Chile se enfrentarão no Maracanã, em um jogo que deveria ser bastante esperado, mas que, devido à atual situação da seleção chilena, perdeu o brilho que já teve. A equipe, conhecida como “La Roja”, foi campeã das Copas América de 2015 e 2016 e teve uma performance admirável na Copa do Mundo de 2014, mas a realidade agora é bem diferente. A seleção chilena está eliminada para a Copa do Mundo de 2026, mesmo com a possibilidade de seis vagas diretas para os sul-americanos desta vez.

A situação atual da seleção chilena

Com um desempenho aquém do esperado, a seleção chilena ocupa a última posição da tabela das Eliminatórias, tendo conquistado apenas duas vitórias durante toda a competição. O técnico Ricardo Gareca, que teve uma breve passagem pelo Palmeiras, enfrenta uma dura realidade ao ver a “La Roja” fora da Copa do Mundo. A convocação recente reflete esta crise, trazendo à tona a falta de jogadores que se destacam nas principais ligas – o único nome de peso é o lateral-esquerdo Gabriel Suazo, do Sevilla, que não é suficiente para mudar o panorama.

Causas da crise no futebol chileno

A crise da seleção chilena é um reflexo de problemas mais profundos enfrentados no futebol do país. Nos últimos anos, muitos clubes passaram a ser administrados por “Sociedades Anônimas do Esporte Profissional” (SADPs). Embora essa mudança tenha melhorado algumas questões financeiras, como a regularização de salários, isso também contribuiu significativamente para a deterioração da formação de novos talentos. O jornalista esportivo chileno José Tomás Fernández Pumarino destacou que a falta de investimento nas categorias de base é um dos principais fatores para o declínio do futebol no Chile.

“Atualmente, os dirigentes são mais preocupados em equilibrar as contas do que em formar novos jogadores”, comentou Fernandes. Essa crise estrutural tem levado os jovens a ingressarem no futebol profissional sem a preparação adequada, comprometendo seu desenvolvimento e, consequentemente, o nível da seleção.

Anos de sucesso e a decadência da “geração de ouro”

O Chile alcançou um destaque significativo no futebol mundial durante a Copa do Mundo de 2014, onde, apesar de ser eliminado nas oitavas de final, deixou uma boa impressão. Nos anos seguintes, sob a liderança de Jorge Sampaoli, a equipe se consagrou com a conquista da Copa América, um marco inédito na história do futebol chileno. A seleção tinha em seu elenco grandes jogadores como Cláudio Bravo, Arturo Vidal, e Alexis Sánchez, que se destacavam em clubes da Europa.

Após o título, a equipe repetiu a dose em 2016, mas desde então, não conseguiu manter o mesmo nível. A eliminação para o Brasil nas Eliminatórias para a Copa de 2018 foi um duro golpe e, desde então, a “geração de ouro” da Roja tem enfrentado dificuldades para se reerguer. Agora, a seleção se prepara para mais uma Copa do Mundo onde não terá representação. Com isso, o Chile se torna ausente em três edições consecutivas, situação que não ocorria desde a década de 1980.

Rumo ao futuro

A eliminação do Chile nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026 é um chamado à reflexão sobre a estrutura e os investimentos no futebol do país. Enquanto a seleção busca se reerguer, é fundamental que as autoridades do esporte nacional revejam suas prioridades, principalmente no que diz respeito à formação de novos talentos. Se não houver uma mudança drástica, mais anos de estagnação podem estar à frente.

O cenário pode ser desolador, mas o futebol tem a capacidade de se reinventar. Resta saber se o Chile conseguirá dar a volta por cima e formar uma nova geração que leve a seleção de volta ao seu lugar de destaque no cenário internacional. Enquanto isso, o confronto contra o Brasil no Maracanã promete ser um dos momentos de reflexão para a “La Roja” e seus torcedores.

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