Brasil, 4 de setembro de 2025
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Blood & Myth explora possível fator paranormal em crime no Alasca

Documentário da Hulu investiga impacto de lendas indígenas na acusação de crime envolvendo ator indígena do Alasca

Blood & Myth, documentário da Hulu divulgado em 4 de setembro, analisa um caso de crime atípico no Alasca, envolvendo questões paranormais e lendas indígenas. A produção examina a história de Teddy Kyle Smith, ator indígena Iñupiat, condenado por tentar atirar em dois irmãos em 2012, enquanto afirma ter sido possuído por pequenos seres conhecidos como iñukuns.

O crime e as lendas indígenas do Alasca

Em 2014, Smith foi condenado a 99 anos de prisão por tentar matar Paul e Charles Buckel, após disparar contra os irmãos em uma cabana próxima ao rio Squirrel, na região norte do Alasca. Segundo Smith, ele acreditava que os irmãos eram enviados pelos iñukuns, seres míticos que, segundo a tradição local, habitam áreas remotas da tundra e podem possuir poderes místicos, embora autoridades não tenham encontrado evidências concretas de sua existência.

A nova série traz a primeira entrevista de Smith desde sua captura, feita na prisão, onde ele relata ter vivido uma semana na floresta após a morte de sua mãe, alimentando-se de mirtilos e gelo de lagos congelados. Smith afirma que foi perseguido pelos iñukuns, chegando a ouvir e ver esses seres durante sua jornada.

A lenda dos iñukuns e o impacto na narrativa do crime

Segundo contadores de histórias indígenas, como o próprio neto de Dommek, James Dommek Jr., os iñukuns são considerados menores de estatura, possuem força extraordinária e falam Iñupiaq. Algumas versões de lendas consideram que eles poderiam ser seres sobrenaturais com poderes xamânicos, enquanto outras sugerem que podem ser uma tribo perdida, isolada do contato com o mundo exterior.

O diretor Kahlil Hudson, do projeto Blood & Myth, explica que Smith acredita que os iñukuns tenham influenciado seus atos, ao se sentir guiado por esses seres durante o período de perseguição na floresta. Notícias de encontros com os iñukuns, como sons e visões distorcidas, reforçam essa narrativa, que mistura direito, cultura indígena e mistério.

Reflexões sobre o caso e as lendas

O documentário envolve entrevistas com policiais, especialistas na cultura indígena e membros da comunidade local, debatendo até que ponto essas crenças moldam percepções e ações. Smith acredita que sua experiência com os iñukuns foi real, levando à sua condenação por tentativa de homicídio, enquanto a investigação oficial não confirmou aspectos paranormais.

A produção leva o espectador a questionar se há uma explicação superficial para o crime ou se a compreensão das lendas locais é essencial para entender os acontecimentos do Alasca, um lugar onde o mundo natural e o sobrenatural se misturam na cultura indígena.

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