Brasil, 4 de setembro de 2025
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Aumento da ação militar dos EUA contra cartéis de drogas

Após um ataque que deixou 11 mortos, EUA prometem ações mais rigorosas contra cartéis no Caribe.

O Secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, emitiu um alerta sobre um aumento nas ações militares contra cartéis de drogas, logo após um ataque aéreo que resultou na morte de 11 pessoas em um barco no Caribe. Acredita-se que a embarcação estivesse envolvida no transporte de drogas, conforme afirmações do Pentágono.

A ameaça crescente dos cartéis

Hegseth destacou a seriedade da missão em uma entrevista ao canal Fox News. “Temos ativos no ar, ativos na água, ativos em navios, porque esta é uma missão muito séria para nós e não vai parar apenas com este ataque”, declarou o secretário. Ele ainda mencionou que “qualquer outra pessoa traficando nessas águas que sabemos ser um narcotraficante designado enfrentará o mesmo destino”.

O ataque representa o início de uma longa campanha militar prometida pela administração Trump para conter o fluxo de drogas para os Estados Unidos. Essa iniciativa levanta questões sobre a legalidade da operação, uma vez que não foram fornecidas evidências concretas de atividades criminosas por parte da embarcação atingida.

Consequências do ataque

Ao ser questionado sobre a falta de interceptação do barco antes do ataque, o presidente Donald Trump destacou o problema crescente das drogas que entram no país, afirmando que todos “entendem completamente” a gravidade da situação. Ele afirmou: “Obviamente, eles não farão isso novamente, e muitos outros também não farão isso. Ao assistirem a esse vídeo, vão dizer ‘não vamos fazer isso’”, referindo-se a um vídeo divulgado logo após o ataque.

Local e motivos por trás do ataque

Trump fez o anúncio do ataque em sua rede social, Truth Social. Ele alegou, sem apresentar provas, que as vítimas eram membros do Tren de Aragua, uma gangue venezuelana que sua administração designou como organização terrorista estrangeira. “Hoje de manhã, por minhas ordens, as Forças Armadas dos EUA conduziram um ataque cinético contra narcotraficantes do Tren de Aragua na área de responsabilidade do SOUTHCOM”, informou Trump.

O Secretário de Estado, Marco Rubio, declarou que o ataque ocorreu em águas internacionais no “Caribe Sul” e foi direcionado contra um “navio de drogas que havia partido da Venezuela”. Ele também indicou que ações similares “acontecerão novamente”, reforçando a postura militar da administração contra organizações narcoterroristas.

Legalidade das operações militares

A proposta de uso da força militar contra cartéis de drogas tem gerado preocupações entre especialistas jurídicos. Brian Finucane, conselheiro sênior do International Crisis Group, indicou que o uso da força militar contra cartéis sem um ataque armado anterior violaria a Carta da ONU. Segundo ele, “as trágicas mortes de americanos devido à epidemia de opioides não fornecem uma base legal para o uso da força contra o México em suposta legítima defesa”.

A gestão Trump já havia considerado ações militares semelhantes durante o primeiro mandato, mas o ex-Secretário de Defesa, Mark Esper, alertou que isso seria ilegal e traria consequências prejudiciais para a relação com o México.

Preparação militar e pressão sobre Maduro

Durante sua campanha, Trump prometeu ações militares contra cartéis para interromper o fluxo de drogas. Recentemente, ele ordenou a designação de cartéis como organizações terroristas estrangeiras e intensificou a presença militar dos EUA nas águas ao redor da Venezuela. Esse movimento inclui o envio de destróieres da Marinha e cerca de 4 mil militares para a região.

O governo venezuelano, sob a liderança de Nicolás Maduro, está respondendo a essas movimentações com uma mobilização militar significativa. Maduro acusou os EUA de promoverem uma mudança de regime no país, descrevendo as ações militares como uma ameaça inaceitável.

Hegseth finalizou reafirmando que Maduro “deveria estar preocupado”, enquanto a administração dos EUA pressão crescente sobre o governo venezuelano e intensifica ações contra cartéis. A situação permanece tensa, com incertezas sobre as repercussões legais e humanitárias das ações militares planejadas.

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