Brasil, 4 de setembro de 2025
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Apreensão de cogumelos mágicos leva à prisão de 9 suspeitos

Nove pessoas foram presas em operação da Polícia Civil do DF, acusadas de movimentar R$ 26 milhões em venda de cogumelos alucinógenos.

Uma operação da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) resultou na prisão de nove pessoas suspeitas de fazer parte de uma rede criminosa responsável pela venda de “cogumelos mágicos” em todo o Brasil. Esses indivíduos, que teriam movimentado cerca de R$ 26 milhões em um ano, foram detidos em diferentes estados, incluindo São Paulo e Paraná, durante ações coordenadas na manhã desta quinta-feira, 4 de setembro de 2025.

Prisão em diversos estados

As detenções ocorreram em Taguatinga e Águas Claras, onde dois universitários da Universidade de Brasília (UnB) foram capturados. Outros seis foram detidos em Curitiba e Campo Magro, no Paraná, e mais um em Santo André, São Paulo. A operação também resultou na apreensão de mais de 3 mil pacotes de cogumelos alucinógenos.

A PCDF destacou que o grupo utilizava as redes sociais para comercializar os produtos ilegais, além de realizar as entregas pelos Correios. Práticas de “dropshipping” foram identificadas, onde pedidos eram feitos online sem a necessidade de manter um estoque físico dos cogumelos.

O que são cogumelos mágicos?

Os “cogumelos mágicos” são conhecidos por conter psilocibina, uma substância psicodélica que altera a percepção e pode induzir experiências emocionais e visuais intensas. Embora prometam benefícios terapêuticos para problemas como depressão e ansiedade, essas substâncias são consideradas ilegais pela Anvisa e podem representar sérios riscos à saúde.

Modelo de operação da organização criminosa

A investigação revelou que a organização tinha um centro de operação em Curitiba, onde galpões funcionavam como laboratórios de cultivo e produção de até 200 quilos de cogumelos por mês. Entre 2024 e 2025, a polícia contabilizou 3.718 encomendas de cogumelos destinadas ao DF, totalizando mais de 1,3 tonelada da droga.

Os suspeitos utilizavam influenciadores digitais para alcançar seu público-alvo, principalmente jovens frequentadores de festas de música eletrônica. A venda de cogumelos exóticos com promessas de cura eram partes centrais da estratégia de marketing da organização criminosa.

Declaração da defesa dos suspeitos

A defesa de Igor Tavares e Lucas Fernandes, os dois universitários capturados, declarou que os acusados “jamais orquestraram qualquer esquema ilícito” e ressaltou que são primários e possuem bons antecedentes. Além disso, a defesa solicitou respeito e solidariedade às famílias, que também enfrentam consequências da exposição midiática. A defesa prometeu agir com firmeza para que os acusados tenham o direito de responder ao processo em liberdade e colaborem com as investigações.

Impactos da operação

A operação coordenada pela PCDF não apenas resultou em prisões, mas também em um alerta sobre o nível de organização e a capacidade de distribuição de drogas ilícitas no país. As autoridades estão monitorando a situação e buscando desmantelar outras redes criminosas que operam de forma semelhante, contribuindo para um debate mais amplo sobre a regulamentação e legalização de substâncias psicoativas no Brasil.

A ação também levanta questões sobre a saúde pública e a prevenção ao uso de drogas, especialmente entre os jovens que podem ser mais vulneráveis a essas práticas ilegais. A polícia continuará investigando para identificar outros membros da rede e interceptar atividades ilegais em andamento.

Por fim, a PCDF informa que novos desdobramentos desta operação devem ser analisados à medida que mais informações surgem sobre o funcionamento e a abrangência dessa rede criminosa.

Leia mais notícias sobre a região no g1 DF.

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