Um mês após a implementação do sistema de bilhetagem Jaé no transporte público do Rio de Janeiro, diversos usuários têm relatado falhas no serviço. As queixas vão desde problemas ao recarregar os cartões até dificuldades de acesso ao aplicativo, o que vem gerando desconforto e insatisfação entre os passageiros. Desde a sua introdução em 2 de agosto, o Jaé é aceito em ônibus, BRTs e no VLT, além de ter a possibilidade de uso nas estações de metrô, envolvendo um total de 3 milhões de cadastros no sistema.
Problemas de recarga e acesso
O estudante universitário Juan Carlos Pereira Costa é um dos muitos que enfrentam dificuldades com o novo sistema. Apesar de ter direito ao cartão gratuidade, ele está arcando com despesas do seu próprio bolso para se deslocar às aulas. “Tentei acessar o aplicativo várias vezes, mas sempre aparece uma mensagem dizendo que já enviaram a senha para o meu e-mail ou SMS, mas eu não recebo nada”, relatou Juan.
Outro usuário, Paulo Felipe Souza, também partilhou sua frustração. Ele tentou recarregar seu cartão pelo telefone, mas ao embarcar, o sistema informou que seu saldo era insuficiente. “Fiz uma recarga de R$ 23,50 e quando fui tentar passar, não tinha saldo. A situação é muito desconfortável e não existe apoio para ajudar”, disse Paulo, que só conseguiu o reembolso após visita a um posto do Jaé.
Cartões que não chegam
Outras reclamações envolvem a não entrega dos cartões solicitados. Reginaldo Gomes Barbosa, autônomo que fez o pedido do cartão em novembro do ano passado, ainda não o recebeu. Ele também enfrentou dificuldades com as recargas digitais, que não foram registradas no sistema. “Coloquei recarga automaticamente e aparece que carregou, mas ao utilizar, dizem que estou com saldo insuficiente. A Prefeitura precisa resolver isso”, comentou Reginaldo.
A posição do Jaé
Em resposta às reclamações, o Jaé afirmou que os usuários devem comunicar qualquer problema de recarga através dos canais oficiais de atendimento, onde cada situação é analisada individualmente. Sobre a questão do Bilhete Único Carioca, o sistema informou que a segunda passagem não é cobrada dentro do intervalo de três horas, mas o validador não indica um “valor zero”, o que pode confundir os usuários. A recomendação é sempre conferir a situação pelo aplicativo.
Quanto aos universitários e cotistas do Prouni, a instituição de ensino é responsável por encaminhar a documentação ao Jaé, garantindo o acesso rápido ao benefício. A promessa é de que melhorias sejam realizadas para garantir um serviço mais eficiente e transparente.
Expectativas e soluções
Com o aumento das reclamações, é imprescindível que os usuários do sistema de bilhetagem Jaé tenham suas reivindicações ouvidas e que soluções sejam apresentadas rapidamente. A eficiência do transporte público é fundamental para a vida das pessoas que dependem dele diariamente, e a Prefeitura do Rio deve agir para melhorar a experiência dos usuários do sistema de bilhetagem.
Se você está enfrentando problemas similares com o Jaé, é recomendável entrar em contato pelos canais oficiais ou diretamente nos postos de atendimento para resolver a situação. A experiência negativa de alguns usuários deve servir como alerta para que medidas sejam tomadas e não afastem os passageiros do transporte público.
Por fim, a transição para um novo sistema de bilhetagem é desafiadora, mas necessária para modernizar e otimizar o transporte público na cidade. Cabe aos gestores ouvir as vozes dos usuários e aprimorar o serviço para que todos possam ter uma experiência positiva.
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