Brasil, 3 de setembro de 2025
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wanderlei barbosa reage a afastamento no tocantins por investigação

Afastado do cargo de governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa classifica medida como precipitada e promete acionar a Justiça.

Wanderlei Barbosa, governador do Tocantins, foi afastado do cargo por uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) em meio a investigações sobre alegações de desvios de recursos públicos durante a pandemia de Covid-19. O político, pertencente ao partido Republicanos, qualificou essa medida como “precipitada” e defendeu sua inocência, afirmando que ainda não há “conclusão definitiva sobre qualquer responsabilidade” dele nos eventos investigados na Operação Fames-19.

Recursos jurídicos e defesa do governador

Na nota divulgada, Barbosa enfatizou que tomará as “providências legais necessárias” para reassumir a governança do Estado, sublinhando a importância de comprovar a legalidade de suas ações com o objetivo de “enfrentar essa injustiça”. Ele destacou sua responsabilidade pela estabilidade do poder estadual e a continuidade dos serviços públicos à população tocantinense.

O governador ressaltou que a investigação está centrada no pagamento de cestas básicas, que ocorreu entre 2020 e 2021, período em que ele atuava como vice-governador e não era o ordenador das despesas. “Por minha determinação, a Procuradoria-Geral do Estado e a Controladoria-Geral do Estado instauraram auditoria sobre os contratos mencionados e enviaram integralmente as informações às autoridades competentes”, declarou Barbosa.

Desdobramentos da Operação Fames-19

A Polícia Federal, na manhã desta quarta-feira, deflagrou a segunda fase da “Operação Fames-19”, com a intenção de aprofundar as investigações sobre os supostos desvios. Wanderlei Barbosa foi um dos alvos do afastamento, que terá duração de 180 dias. Durante a operação, foram cumpridos 51 mandados de busca e apreensão em diversas localidades, incluindo o palácio Araguaia e a Assembleia Legislativa do Tocantins.

Mais de 200 agentes da Polícia Federal estão envolvidos na operação, que busca reunir novos elementos sobre o uso de emendas parlamentares e o candidatura envolvendo o recebimento de vantagens indevidas por servidores públicos. As investigações estão sob sigilo no STJ, mas a PF já indicou que há “fortes indícios” de um esquema de roubo de recursos públicos entre 2020 e 2021. Os investigados teriam se beneficiado da crise de saúde pública e iniciativas sociais para fraudar contratos de fornecimento de alimentos.

Impacto financeiro e ações corretivas

De acordo com as investigações, foram gastos mais de R$ 97 milhões em contratos para cestas básicas e frango congelado, com um prejuízo estimado aos cofres públicos de mais de R$ 73 milhões. Os valores supostamente desviados foram ocultados por meio da construção de empreendimentos luxuosos, compra de gado e pagamento de despesas pessoais dos envolvidos nas transações irregulares.

A primeira fase da ação, que também teve Wanderlei Barbosa como alvo, resultou em 42 mandados de busca e apreensão realizados em Tocantins. O nome “Fames-19” da operação faz alusão à insegurança alimentar exacerbada pela pandemia, enquanto “Fames” significa “fome” em latim, e o número 19 se relaciona ao período da crise sanitária.

Com a situação ainda em andamento, a sociedade tocantinense aguarda os desdobramentos da investigação e as medidas que poderão ser adotadas por Barbosa para defender sua posição. O foco nas questões de transparência e responsabilidade pública se mostra mais importante do que nunca em tempos de crise, principalmente quando os recursos destinados à assistência tornam-se alvo de suspeitas.

À medida que as investigações prosseguem, o cenário político no Tocantins permanece tenso, com a população esperançosa de que a verdade prevaleça e medidas justas sejam tomadas de acordo com a lei.

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