A seleção da Venezuela, sob a liderança do argentino Fernando Batista, está prestes a fechar a fase de eliminatórias sul-americanas com a possibilidade de garantir uma vaga histórica na Copa do Mundo. Esta é uma oportunidade única, já que a equipe pode, pela primeira vez, alcançar uma classificação direta ou, ao menos, assegurar um lugar na repescagem.
O desafio se torna ainda mais intrigante, pois Batista tem a missão de “estragar a festa” da Argentina em seu próprio território, na cidade natal do treinador, Buenos Aires.
Quem é Fernando “Bocha” Batista?
Fernando Batista, conhecido como Bocha, é um ex-jogador de 55 anos que teve uma carreira nas equipes argentinas como Argentino Juniors, San Lorenzo e Godoy Cruz. Seu irmão, Sergio Batista, também é uma figura proeminente no futebol, tendo sido campeão mundial como jogador e treinador da seleção argentina após a Copa de 2010.
Antes de assumir a seleção principal da Venezuela, Batista acumulou experiência dirigindo as seleções sub-20 e sub-23 da Argentina e da Venezuela. Em 2023, foi promovido de treinador adjunto para liderar a seleção Vino Tinto, substituindo o compatriota José Pékerman.
Ajuda dos “brasileiros”
Com o objetivo de conquistar uma histórica classificação, Batista convocou diversos jogadores que atuam no Brasil, como Savarino (Botafogo), Soteldo (Fluminense), Ferraresi (São Paulo) e José Martínez (Corinthians). A presença desses atletas poderá ser crucial para o desempenho da seleção nas partidas decisivas.
Campanha da Venezuela
Desde a chegada de Fernando Batista, a Venezuela passou de ser considerada o “patinho feio” das eliminatórias a uma legítima candidata à vaga para a Copa de 2026. O trabalho desenvolvido por Batista começou a mostrar resultados na terceira rodada, onde a equipe conseguiu um impressionante empate contra a Seleção Brasileira, sob o comando de Fernando Diniz, na Arena Pantanal.
Durante a pausa para a Copa América de 2024, a Venezuela conseguiu sair invicta, somando três vitórias em sua fase de grupos, enfrentando adversários respeitáveis, como Equador e México. Apesar da eliminação nos pênaltis contra o Canadá, a performance foi admirável.
No retorno às eliminatórias, a equipe se destacou por manter uma invencibilidade em casa, conquistando empates importantes contra Uruguai, Argentina e Brasil, este último já sob a supervisão de Dorival Júnior. Sob a batuta de Batista, a equipe não perdeu nenhum dos 16 jogos em casa ou em campo neutro.
Chances da Venezuela ir para a Copa
As chances da Venezuela se classificar diretamente não são muitas, mas a equipe está próxima de garantir a repescagem. Confira os principais cenários:
Vaga Direta
Para conseguir a classificação direta, a Venezuela precisa vencer a Argentina — que já está classificada — e a Colômbia, além de torcer para que os colombianos não vençam a Bolívia em seu confronto.
Vaga na repescagem
Caso a seleção consiga duas vitórias nos dois últimos jogos, a vaga na repescagem mundial estará garantida. Uma vitória contra a Argentina, acompanhada de uma derrota da Bolívia, garantirá um espaço na repescagem e eliminaria a chance de uma vaga direta.
Se a equipe empatar ou perder um dos seus últimos jogos, torcer por um tropeço da Bolívia contra Colômbia ou Brasil se torna essencial. Mesmo que perca os dois confrontos, ainda poderá ir para a repescagem, contanto que a Bolívia não some mais de um ponto.
Como funciona a repescagem?
Diferente das edições anteriores, a repescagem mundial para a Copa de 2026 ocorrerá em pelo menos um dos países-sede, que são EUA, Canadá e México. Nesse novo formato, duas vagas para a fase final serão disputadas em um torneio entre seis equipes de diversas regiões: América do Sul (1), Ásia (1), América Central e do Norte (2), África (1) e Oceania (1).
Com uma torcida vibrante e o sonho de alcançar seu primeiro mundial, a Venezuela se prepara para os confrontos decisivos. Sob a liderança de Fernando Batista, o país espera fazer história e deixar sua marca no cenário do futebol internacional.