Brasil, 4 de setembro de 2025
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Trump repete declaração assustadora: “Sou um ditador que sabe parar o crime”

O ex-presidente Donald Trump voltou a insinuar que governar de forma autoritária seria uma solução para o crime, aumentando as preocupações

Nesta semana, Donald Trump surpreendeu ao repetir, em duas ocasiões, declarações que parecem justificar uma postura autoritária, incluindo a afirmação de que “saber parar o crime” equivale a ser um ditador. As manifestações ocorreram após críticas às suas ameaças de usar tropas militares em cidades americanas, gerando reações de choque e debates sobre os limites do poder presidencial.

Trump enfrenta críticas por linguagem autoritária

No último domingo, em uma declaração que viralizou, o ex-presidente sugeriu que “muito gente diz que, se for o caso, prefiro um ditador”, tentando minimizar a gravidade de seu comentário. Ele afirmou ainda, sem apresentar evidências, que o governador de Maryland, Wes Moore, teria elogiado seu desempenho, mas depois o rotulado de ditador publicamente. Vídeo da declaração.

A fala foi interpretada por muitos como uma tentativa de popularizar a ideia de que o autoritarismo é uma estratégia eficaz para o combate ao crime, um movimento considerado perigoso por especialistas e líderes políticos. “Isso não é uma estratégia, é uma ameaça à democracia”, comentou a analista política Ana Paula Costa, do Instituto de Estudos Políticos.

Doubling down: Trump reforça o tema do ditador

Na manhã de terça-feira, durante uma reunião de gabinete, Trump voltou a abordar o assunto, desta vez alegando que sua atuação forte é uma forma de “parar o crime”, mesmo que isso signifique assumir poderes quase ditatoriais. Ele afirmou que “muita gente pensa que, se isso for o caso, prefiro um ditador”, conclamando uma discussão incandescente sobre os limites das ações presidenciais.

Ele reforçou, novamente, que “não é um ditador” e que “só sabe controlar a criminalidade”, posicionando-se de forma polêmica, vista por muitos como uma normalização do discurso autoritário. “Essa é uma proposta de troca — democracia por segurança”, apontou o professor de Ciência Política da Universidade Estadual de Nova York, Ricardo Oliveira.

Reações e preocupações crescentes

Especialistas alertam que tal insistência pode colocar a estabilidade institucional dos Estados Unidos em xeque. “Quando um líder naturaliza a ideia de ditadura, mesmo que de forma inconsciente, corre-se risco de desestabilizar o sistema democrático”, afirmou Marta Soares, pesquisadora do Centro de Estudos Constitucionais.

Na rede social, a resposta foi instantânea, com usuários e líderes de opinião condenando a postura de Trump. “Estamos acompanhando uma tentativa clara de normalizar o autoritarismo no discurso político”, escreveu o vereador David Martins. Já outros comentários enaltecem a abordagem, em meio a críticas à violência e ao aumento da criminalidade.

Próximos passos e impacto

Analistas apontam que o tema deverá continuar em debate, especialmente com o avanço das prévias eleitorais e a forte polarização. As declarações de Trump reforçam a preocupação de que sua postura possa influenciar elementos mais radicais em sua base eleitoral e além.

Especialistas recomendam atenção às ações futuras, que podem incluir tentativas de desacreditar o sistema democrático, caso o discurso autoritário seja cada vez mais utilizado na campanha de 2024.

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