Brasil, 3 de setembro de 2025
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Prisão de suspeitos de homicídio de mulher punk em São Paulo

Três pessoas são investigadas por agressões que resultaram na morte de Helen Vitai após desentendimento sobre uma jaqueta de couro.

A Justiça de São Paulo autorizou a prisão de três indivíduos envolvidos em um brutal ataque que culminou na morte de Helen Cristina Vitai, uma mulher punk de 43 anos. O crime aconteceu em 3 de agosto, após um show gratuito de bandas punk na Zona Oeste da capital paulista. A decisão judicial foi divulgada apenas recentemente, revelando a gravidade da situação e gerando repercussão nas redes sociais.

Detalhes do crime

Os suspeitos, Graciella Verenich (44 anos), André Santos Costa Amorim, conhecido como “Mones” (42 anos), e Katyuscha de Santana Fon, apelidada de “Katy Son” (48 anos), estão foragidos e são procurados pela Polícia Civil. As investigações indicam que as vítimas e os agressores tinham um histórico de relacionamento anterior e pertenciam ao mesmo círculo punk. O crime foi registrado como homicídio simples, e câmeras de segurança ajudaram na identificação dos envolvidos, mostrando momentos críticos da agressão.

Testemunhas relataram que a briga começou após um desentendimento pelas redes sociais, onde Helen fez uma crítica à jaqueta de couro de Katyuscha, que logo se tornou um ponto de conflito. Uma gravação das câmeras mostrou Graciella agredindo Helen enquanto André impedia que outros interviessem. Ao longo de quase oito minutos de violência, Helen foi deixada inconsciente na calçada, e após a agressão, foi levada às pressas a um hospital, onde não resistiu.

Motivações do crime

Familiares de Helen afirmam que a motivação da briga foi uma discussão provocada por postagens no Facebook, onde Helen criticou a jaqueta de couro de Katyuscha. O caso se agravou com ameaças que ocorreram nas redes sociais antes do crime, indicando uma escalada de tensão entre as envolvidas. Os parentes de Helen acreditam que a troca de farpas online pode ter culminado na tragédia que levou à morte da mãe.

Repercussão

A morte de Helen, que trabalhava como operadora de telemarketing e deixou uma filha adolescente, causou forte comoção na comunidade punk e nas redes sociais. O coletivo responsável pelo evento no Centro Cultural Tendal da Lapa emitiu uma nota lamentando o ocorrido, expressando seus sentimentos pela família da vítima e pedindo justiça. “Que os responsáveis por essa atrocidade sejam identificados e arquem com as consequências”, disseram em um comunicado.

A Prefeitura de São Paulo, que apoiou o evento, também se manifestou, apontando que Helen foi agredida fora das dependências da festa e recebeu auxílio médico imediatamente. No entanto, a repercussão negativa gerada pela violência no evento pautou discussões sobre a segurança em eventos culturais e a necessidade de prevenção de agressões.

Respostas da defesa e ações legais

As defesas dos suspeitos alegaram não ter acesso aos processos legais e garantiram que informações mais concretas só poderão ser fornecidas após a conclusão das investigações. As autoridades buscam encontrar os foragidos e solicitaram a colaboração da população para qualquer informação sobre seu paradeiro. O advogado da família de Helen afirmou que irá buscar reparação civil pelos danos causados, destacando a omissão de diversas pessoas que estavam presentes durante a agressão, mas não intervieram.

Esse trágico incidente sublinha a importância de um debate mais amplo sobre violência em laços sociais e a responsabilidade coletiva quando se presencia agressões nas comunidades. A história de Helen Vitai representa não apenas uma perda individual, mas um chamado à reflexão sobre a tolerância dentro de grupos que, teoricamente, compartilham ideais semelhantes.

Como ajudar

A Polícia Civil recomenda que, caso alguém tenha informações que ajudem a localizar os suspeitos, entre em contato pelo Disque Denúncia, número 181, onde a identidade do informante será preservada. A mobilização comunitária pode ser crucial para trazer justiça em casos de violência como este.

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