Brasil, 4 de setembro de 2025
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Palavras de Leão XIV: A importância de reconhecer nossas necessidades

A reflexão do Papa Leão XIV destaca a fragilidade humana e a busca por amor e conexão.

No último encontro semanal com fiéis, o Papa Leão XIV trouxe uma reflexão profunda sobre a fragilidade da condição humana, abordando a importância de reconhecer nossas próprias necessidades. Durante a Audiência Geral, realizada na Praça São Pedro, o Pontífice enfatizou as palavras finais de Jesus na cruz: “Tenho sede” e “Tudo está consumado”. Este encontro faz parte do ciclo de catequeses dedicado à temática “Jesus Cristo nossa Esperança”.

A revelação da fragilidade humana

Para o Papa, as palavras de Jesus não são apenas um clamor de dor, mas também um grito da alma que revela o profundo desejo humano de amor e conexão. “Na cruz, Jesus não aparece como um herói vitorioso, mas como um mendigo de amor”, destacou Leão XIV, explicando que, ao pedir água, Jesus expressa não apenas uma necessidade física, mas uma busca por relações e comunhão.

“A sede do Crucificado é a expressão de um desejo profundo de amor e acolhimento”, ressaltou. “É um Deus que não se envergonha de pedir, nos mostrando que o amor verdadeiro requer a capacidade de pedir e não apenas de dar”. A reflexão do Papa sugere que a verdadeira essência da vida não está em nossa autossuficiência, mas na habilidade de reconhecer nossas carências e abri-las aos outros.

O paradoxo cristão da salvação

Leão XIV introduziu um conceito poderoso ao afirmar que “Deus salva não fazendo, mas deixando-se fazer”. Ele chamou a atenção para a ideia de que a verdadeira força reside na vulnerabilidade. Na cruz, Jesus nos ensina que a realização daquilo que somos se dá não por meio do poder, mas pela confiança e abertura ao próximo. “Essa é a forma verdadeira de encontrarmos a esperança e a salvação”, disse o Papa.

Leão XIV ressaltou que mesmo o ato de pedir pode ser libertador. “Jesus nos salva mostrando que pedir não é indigno, mas um caminho para a liberdade. O pecado gera vergonha, mas o verdadeiro perdão aparece quando encaramos nossas necessidades e deixamos de temer a rejeição”, afirmou o Pontífice.

A sede de Cristo e a nossa própria sede

O Papa apresentou a ideia de que a sede expressa por Jesus na cruz é um reflexo da sede que temos em nossas vidas. Ele afirmou que, ao reconhecermos nossas fragilidades, encontramos um espaço de conexão com Deus. “Se tivermos coragem de reconhecer nossa sede, podemos entender que até nossa fragilidade é uma ponte para o céu”, destacou.

Leão XIV incentivou os fiéis a ver a humildade de pedir como um ato que não apenas os aproxima de Deus, mas também dos outros. “Na fraternidade, na vida simples e na arte de pedir, reside uma alegria autêntica”, completou. Ao encerrar sua catequese, ele convidou a todos a não temer a vulnerabilidade, afirmando: “É precisamente aí, nesse gesto humilde, que se esconde a salvação”.

A busca por amor e a importância do acolhimento

O ensinamento do Papa serve como um lembrete valioso em tempos onde a autossuficiência é muitas vezes cultuada. Na visão de Leão XIV, o reconhecimento das nossas necessidades não é um sinal de fraqueza, mas sim um passo fundamental para encontrar um sentido mais profundo de vida e comunidade. Ao vivermos em uma cultura que valoriza a eficiência e o desempenho, a mensagem do Papa nos convida a redescobrir o valor da vulnerabilidade e da humanidade compartilhada. “Não tenham medo de pedir, especialmente quando sentem que não merecem. É exatamente nesse gesto humilde que encontramos a salvação”, concluiu Leão XIV.

Essas reflexões simples, mas poderosas, oferecem um caminho renovador para todos que buscam uma vida mais plena e relacional, reconhecendo que a verdadeira essência do ser humano está na capacidade de amar e ser amado.

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