O meia brasileiro Lucas Paquetá, jogador do West Ham, está avaliando a possibilidade de processar a Federação Inglesa de Futebol (FA) após ser absolvido em um julgamento por manipulação de resultados, conforme informações do jornal Daily Mail. Esta decisão surge após a publicação de um extenso documento de 314 páginas, que revelou falhas sérias na condução do caso, sendo considerado “surpreendente”, “preocupante” e “contraditório” por uma comissão independente.
Resultados do julgamento e suas implicações
A comissão de julgamento destacou que a FA não conseguiu fornecer especialistas independentes nos pontos críticos da investigação. Surpreendentemente, até mesmo o advogado da FA não apoiou o depoimento da principal testemunha da acusação, o que expôs fragilidades significativas nas alegações contra Paquetá. O jogador, que estava sob investigação desde 2021, foi inocentado em julho das quatro acusações de forçar cartões amarelos para manipular resultados, um escândalo que levou à desistência de uma transferência de 85 milhões de libras (aproximadamente R$ 623 milhões) para o Manchester City.
O advogado Alistair Campbell, responsável pela defesa de Paquetá, afirmou que o atleta se sentiu agredido pela investigação que impactou negativamente sua carreira, especialmente por ter perdido a oportunidade de atuar em um dos clubes mais bem-sucedidos da Premier League. “O fator determinante será o que isso custou a Lucas em termos de carreira e ganhos potenciais. Ele estava prestes a se transferir para o City quando tudo aconteceu. Há um espaço vazio em sua prateleira de troféus que não pode ser preenchido apenas com a absolvição”, declarou Campbell.
A questão da cooperação durante a investigação
Embora tenha sido declarado inocente das acusações de manipulação, Lucas Paquetá foi considerado culpado em duas acusações de falta de cooperação na investigação. A comissão recomendou que a penalidade deveria ser uma multa em vez de uma suspensão, estabelecendo as sanções no “nível mais baixo da escala”. A FA, por sua vez, confirmou que não irá recorrer da absolvição.
Retorno à Seleção Brasileira
Após o desfecho do caso, Lucas Paquetá voltou à seleção brasileira para as duas últimas rodadas das Eliminatórias Sul-Americanas, sendo convocado pela primeira vez sob o comando do técnico Carlo Ancelotti. Apesar de seu retorno, as expectativas são de que ele comece o jogo no banco de reservas, já que o meio-campo deve ser composto pelos jogadores Casemiro e Bruno Guimarães, com Raphinha, Gabriel Martinelli, Estêvão e João Pedro atacando.
Durante uma coletiva de imprensa, Ancelotti elogiou Paquetá, destacando suas habilidades e como ele pode se integrar ao sistema tático da seleção: “Paquetá é um meio-campista com características diferentes de Casemiro e Bruno. Ele pode atuar como ‘mediapunta’ ou compor um trio no meio-campo, adaptando-se a diferentes posições no campo”, explicou o técnico. Ancelotti também mencionou a flexibilidade tática da equipe, que pode alterar seu sistema dependendo do adversário.
Expectativas para o futuro de Paquetá
Enquanto Lucas Paquetá se recupera da turbulência causada pela investigação, suas perspectivas tanto em clubes quanto na seleção mostram-se promissoras. A avaliação de sua situação legal poderá influenciar não apenas sua carreira, mas também sua estabilidade emocional, essencial para o desempenho em campo. Com o apoio de seus representantes legais e a absolvição das acusações graves, Paquetá espera alçar novos voos na Premier League e na seleção brasileira.
As próximas etapas de sua trajetória, tanto no âmbito legal quanto esportivo, são aguardadas com ansiosa expectativa pelos fãs e simpatizantes do jogador.
