Brasil, 3 de setembro de 2025
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Julgamento de Bolsonaro no STF e suas repercussões

O STF analisa Jair Bolsonaro e aliados por tentativa de golpe de Estado, o que pode impactar as eleições de 2026.

O país está em clima de expectativa e apreensão com o julgamento histórico do ex-presidente Jair Bolsonaro e sete de seus aliados no Supremo Tribunal Federal (STF). Acusados de envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado, os réus estão sob a análise rigorosa da Primeira Turma do tribunal. Este processo não apenas questiona as ações do ex-mandatário, mas poderá também redefinir o cenário político para as eleições de 2026.

Entenda o caso: quem são os réus?

Os principais acusados, além de Jair Bolsonaro, são os ex-ministros Walter Braga Netto, Augusto Heleno, Anderson Torres e Paulo Sérgio Nogueira; o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ); o ex-comandante da Marinha Almir Garnier e o tenente-coronel Mauro Cid. Juntos, eles compõem o que é chamado de “núcleo crucial” da suposta trama golpista. Todos negam as acusações que os envolvem.

A possibilidade de prisão e recursos legais

Um dos pontos centrais do julgamento é a possibilidade de prisão em caso de condenação. Se Bolsonaro e os outros réus forem considerados culpados, a Primeira Turma, que conta com os ministros Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Cristiano Zanin, Flávio Dino e Luiz Fux, poderá receber embargos de declaração. Este recurso é utilizado para esclarecer pontos de uma decisão e, geralmente, não reverte o resultado do julgamento.

Além disso, poderá haver a possibilidade de apresentação de embargos infringentes, que seriam discutidos no plenário do STF. Esta é uma alternativa que, segundo aliados de Bolsonaro, é bastante improvável, uma vez que demanda, ao menos, dois votos pela absolvição do réu.

Ponto central do julgamento: o plano golpista

O eixo central do debate no STF gira em torno do planejamento de um suposto complô para anular o resultado da eleição, tentando manter Bolsonaro na presidência, em contrariedade à Constituição. A Procuradoria Geral da República (PGR) aponta que a tentativa de golpe teve respaldo de alguns militares, mas foi frustrada pela recusa dos comandantes das Forças Armadas em apoiar essa iniciativa.

Esse julgamento é emblemático, pois poderia resultar na primeira prisão de membros das Forças Armadas por crimes contra a democracia, colocando em xeque a lealdade da caserna ao Estado democrático de direito.

Análise por colunistas e repercussões políticas

Os analistas políticos do GLOBO têm destacado a magnitude desse processo. As discussões ao redor do julgamento não só repercutem no plano jurídico, mas também nas esferas política e social. O atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva já aproveitou a situação para criticar Bolsonaro e fortalecer sua posição contra o governador paulista, Tarcísio de Freitas, seu provável adversário nas eleições em 2026. Lula tem enfatizado que Tarcísio não teria relevância política sem a figura de Bolsonaro.

Essas provocações podem intensificar as disputas políticas à medida que o julgamento avança, trazendo à tona debates sobre a democracia brasileira e a necessidade de instaurar uma cultura de respeito às instituições.

Datas e horários do julgamento

O julgamento de Jair Bolsonaro e seus aliados ocorre nas seguintes datas:

  • 3 de setembro: 9h
  • 9 de setembro: 9h
  • 9 de setembro: 14h
  • 10 de setembro: 9h
  • 12 de setembro: 9h
  • 12 de setembro: 14h

O julgamento é um marco para o Brasil e suas consequências podem se estender por anos, moldando o futuro político do país, especialmente às vésperas de um ciclo eleitoral decisivo. As próximas semanas prometem ser intensas e repletas de desenvolvimentos significativos na política nacional.

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