Brasil, 3 de setembro de 2025
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Julgamento de Bolsonaro e novas sanções nos EUA: cenário tenso

A etapa final do julgamento de Jair Bolsonaro gera expectativas sobre novas sanções que podem atingir Alexandre de Moraes e sua família.

Nesta terça-feira, 2 de setembro, teve início a etapa final do julgamento contra Jair Bolsonaro e outros sete réus envolvidos na controvérsia da trama golpista. Esta ação, que carrega um peso significativo na política brasileira, está cercada de reações e especulações, especialmente entre os aliados do ex-presidente e do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Neste contexto, surgem expectativas sobre a possibilidade de novas sanções do governo dos EUA contra o entorno do ministro Alexandre de Moraes, incluindo sua esposa, Viviane Barci de Moraes, e potencialmente seus filhos.

Expectativas de novas retaliações

Aliados de Bolsonaro revelaram à equipe do blog que esperam por novas retaliações, possivelmente já na próxima quinta-feira ou ao longo do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF). Eduardo Bolsonaro está agendado para uma reunião na Casa Branca nesta quarta-feira, um evento que pode influenciar os desdobramentos do caso. Recentemente, ele e o ex-apresentador da Jovem Pan, Paulo Figueiredo, têm intensificado o diálogo com o governo Trump, focando em provas que demonstrem a ligação entre as finanças de Moraes e sua esposa.

O impacto das sanções Ofac

O ministro Alexandre de Moraes foi incluído na lista de sanções Ofac (Office of Foreign Assets Control) do Departamento do Tesouro dos EUA no final de julho. Desde essa inclusão, Moraes já enfrenta dificuldades, como o cancelamento de seus cartões de crédito internacionais e o receio de que bancos brasileiros possam suspender suas contas devido à incerteza sobre o alcance das medidas americanas.

As sanções pretendem atingir não apenas Moraes, mas também sua esposa e filhos, com o objetivo de fazê-los sentir o impacto das restrições financeiras. Essa estratégia visa pressionar o ministro, e bolsonaristas acreditam que, ao impor tais sanções, será possível prejudicar o escritório de Viviane Barci de Moraes, que é especializado em direito empresarial e relações governamentais.

Conflito de interesses e o jogo político

A situação se torna ainda mais complexa quando se leva em conta que o escritório Barci de Moraes já representou Moraes e sua família em investigações, e agora pode ser um alvo por supostas ligações com corrupção, o que ampliaria o campo das sanções. Essa estratégia, segundo aliados de Eduardo Bolsonaro, é uma forma de garantir que as medidas sejam efetivas e que Moraes não consiga se esquivar das consequências.

O clima de tensão gerado por essa situação culminou em um alerta máximo para a segurança dos ministros do STF, que agora estão sendo acompanhados por seguranças adicionais. As repercussões dessas investigações e ações estão sendo monitoradas de perto tanto no Brasil quanto por autoridades norte-americanas.

As reações de Bolsonaro

Em meio a esta situação, o ex-presidente Jair Bolsonaro, que assiste ao julgamento com seus filhos, evidencia um estado de aparente abatimento. Aliados próximo a ele interpretam essa situação como uma “vingança” por parte das autoridades. Bolsonaro já expressou críticas publicamente em relação ao que considera uma “caça às bruxas” contra ele e seus apoiadores.

Durante o julgamento, as declarações de Donald Trump sobre a relação Brasil-EUA estão sendo citadas, uma vez que ele utilizou a investigação contra Bolsonaro como justificativa para aplicar tarifas sobre produtos brasileiros. Bolsonaro, por sua vez, defende uma “anistia ampla, geral e irrestrita” como condição para reverter as tarifas que afetam a relação entre os dois países.

Potencial de novas sanções e repercussões políticas

A inclusão de Viviane Barci de Moraes na lista de possíveis alvos para sanções Ofac poderia trazer consequências severas, não só para a família Moraes, mas também para o equilíbrio do poder dentro de instituições judiciais no Brasil. Se as ameaças se concretizarem, Moraes, sua esposa e filhos estariam ao lado de outros alvos de sanções, como suspeitos de envolvimento com o terrorismo e tráfico.

Além disso, a busca de bolsonaristas para atingir Moraes por meio de suas relações familiares sugere um novo nível de hostilidade no discurso político, uma vez que tentativas anteriores de desacreditar o STF geraram rebuliço na esfera pública. O futuro do julgamento de Jair Bolsonaro não é apenas uma questão de justiça criminal, mas um teste intenso para as instituições democráticas do Brasil.

Com as repercussões do julgamento e o cenário instável, a sociedade brasileira segue dividida sobre o impacto dessas dúvidas jurídicas e políticas sobre a soberania judicial e os direitos fundamentais dos cidadãos.

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