Brasil, 4 de setembro de 2025
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Investidor saudita vende participação na BRF antes de fusão bilionária

Investidor saudita vende 11% da BRF, facilitando fusão de US$ 2,6 bilhões com a Marfrig, enquanto mantém interesse econômico na empresa

Um investidor saudita vendeu uma participação de 11% na BRF, uma medida que ajuda a remover obstáculos para a fusão de US$ 2,6 bilhões do produtor de frango com a gigante da carne bovina Marfrig. A operação ocorreu após a assinatura de um acordo com o Citigroup para trocar ações por derivativos, conforme comunicado ao mercado na terça-feira.

Transferência de participação e impacto na fusão

A Salic International Investment, acionista relevante da BRF, realizou a venda de suas ações em derivativos, eliminando sua participação direta na companhia antes da fusão. Apesar disso, a investidora saudita continuará com interesse econômico na empresa por meio desses contratos, o que não compromete a operação de fusão, que ainda aguarda aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Avaliação do Cade e questionamentos antitruste

Os acionistas da BRF aprovaram a aquisição da Marfrig no mês passado, mas a decisão final do Cade foi adiada após solicitação de mais tempo por um membro do órgão regulador. As autoridades pediram esclarecimentos sobre a participação da Salic na nova empresa resultante da fusão e o potencial conflito de interesses, já que a investidora possui negócios na concorrência, incluindo participações na Minerva.

Segundo o Cade, a investigação foi motivada por uma denúncia da Minerva, que questionou possíveis conflitos de interesses ao saber que a Salic poderia continuar a deter participações em frigoríficos concorrentes ao consolidar sua posição na nova companhia. Em resposta, o investidor afirmou que não teria influência na entidade resultante da fusão e destacou estar atento às questões regulatórias.

Implicações fiscais e estratégicas

Analistas da Genial Investimentos afirmaram que a transferência elimina questionamentos do Cade sobre a sobreposição de participações acionárias em concorrentes, além de reduzir riscos fiscais relacionados ao pagamento de impostos sobre ganhos de capital após a fusão. “É uma solução estratégica que preserva direitos econômicos, minimiza riscos fiscais e garante conformidade regulatória”, comentaram os especialistas.

Ajuste de estrutura e gestão de risco

De acordo com o investidor saudita, a operação aumenta a flexibilidade e a gestão de riscos de seu portfólio, além de simplificar operações internacionais. Segundo ele, a mudança reflete uma modificação na estrutura de investimentos, sem alterar a estratégia global.

Futuro da fusão e próximos passos

O processo de aprovação do Cade ainda está em andamento, mas a expectativa é que a fusão seja concluída em breve após a resolução de questões regulatórias. A operação deve criar uma das maiores empresas do setor de proteínas no Brasil, impulsionada por uma combinação de ações estratégicas de ambos os grupos.

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