Brasil, 3 de setembro de 2025
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Haddad manifesta preocupação com projeto que transfere poder de demissão de diretores do Banco Central ao Congresso

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, critica proposta do Congresso que altera autonomia do Banco Central e controla indicações de seus diretores

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, expressou nesta quarta-feira (3) sua preocupação com um projeto de lei em tramitação no Congresso Nacional que prevê a transferência do poder de demitir diretores do Banco Central para o Legislativo. A proposta gera debates sobre a autonomia da autarquia responsável pelo controle da inflação e pela política monetária do Brasil.

Autonomia do Banco Central sob ameaça?

Segundo Haddad, a autonomia do Banco Central é fundamental para a estabilidade econômica e para a credibilidade do país no mercado internacional. “Nosso entendimento é que a autonomia deve ser preservada, pois ela garante a segurança das políticas econômicas necessárias para combater a inflação e fomentar o crescimento”, afirmou o ministro ao comentar a proposta parlamentar.

A mudança no rito de nomeação e demissão de diretores do Banco Central seria aprovada pelo Congresso, o que, na avaliação do ministro, poderia comprometer a independência técnica da autarquia. “Essa medida pode enfraquecer a autonomia institucional do Banco Central, colocando em risco a credibilidade da política monetária brasileira”, alertou.

Posição do Governo e repercussões

O governo federal já manifestou sua oposição ao projeto. O Ministério da Fazenda destacou que a autonomia do Banco Central é prevista na legislação vigente, garantindo que as decisões do órgão sejam técnicas e isentas de influências políticas. “Qualquer mudança nesse sentido deve passar pelo Debate técnico e não por interferências político-partidárias”, indicou nota oficial.

Especialistas jurídicos e econômicos também demonstraram preocupação com possíveis impactos negativos na estabilidade macroeconômica do país. Segundo o economista João Pereira, “a autonomia do Banco Central é reconhecida internacionalmente como um pilar da política econômica brasileira”.

Próximos passos

O projeto de lei ainda está em discussão no Parlamento, e sua tramitação deve gerar intensos debates nos próximos meses. Analistas apontam que a manutenção da autonomia da entidade será decisiva para manter a estabilidade financeira do Brasil e evitar pressões políticas sobre a política monetária.

Segundo informações do G1, ainda não há previsão de votação definitiva, mas a questão promete continuar em destaque no cenário político e econômico nacional.

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