Brasil, 3 de setembro de 2025
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Gêmeas siamesas Heloísa e Helena recebem alta após primeira cirurgia

Após 11 dias internadas, as gêmeas siamesas Heloísa e Helena avançam em tratamento no HC de Ribeirão Preto, SP.

Na última quarta-feira (3), as gêmeas siamesas Heloísa e Helena foram recebidas de volta em casa, após 11 dias de hospitalização no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, em São Paulo. O procedimento de separação dos crânios, realizado no dia 23 de agosto, foi a primeira de cinco cirurgias programadas para permitir que as meninas, que têm apenas 1 ano e 8 meses, possam ter vidas independentes.

Tratamento e acompanhamento em Ribeirão Preto

As meninas, que são naturais de São José dos Campos (SP), continuarão a ser acompanhadas pela equipe multidisciplinar do hospital até a próxima cirurgia, que está prevista para novembro. Durante esse período, elas passarão por consultas e exames regulares, garantindo que seu desenvolvimento e recuperação estejam em boas condições antes do próximo procedimento.

A separação definitiva dos crânios está programada para ocorrer até meados de 2024. As gêmeas Heloísa e Helena são o terceiro caso tratado pelo Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto desde 2018, consolidando a unidade como uma referência nacional nesse tipo de cirurgia.

A trajetória das gêmeas e o apoio familiar

O pai das gêmeas, Amarildo Batista da Silva, expressou sua emoção ao relembrar a angústia vivida durante a cirurgia. “Eu estava apavorado. Por mim, pegaria e levaria embora, não deixava mexer nas minhas filhas. Mas os doutores passam grande confiança na gente e, agora sim, agora a gente vai com mais fé”, afirmou Amarildo, ressaltando a gratidão pelo apoio recebido. “Só tenho a agradecer a todos por tudo isso que está acontecendo na minha vida e na vida das minhas filhas”, completou.

HC de Ribeirão Preto: referência em cirurgias de separação de gêmeos cranípagos

Nos últimos anos, o Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto se destacou por realizar cirurgias bem-sucedidas de separação de gêmeos cranípagos, que nasceram unidos pela cabeça. Desde 2018, a unidade não apenas tratou casos desafiadores de várias regiões do Brasil, mas também implementou um processo recursivo que envolve meses de pesquisa, estudo e planejamento.

A equipe médica, que envolve cerca de 50 profissionais durante cada cirurgia, utiliza tecnologias avançadas, como modelos tridimensionais e realidade aumentada, para tornar as intervenções mais seguras e eficazes. Em conjunto, os especialistas desenvolvem um planejamento cuidadoso a fim de realizar a cirurgia em diferentes etapas, minimizar riscos e garantir o bem-estar das crianças.

No dia da cirurgia de Heloísa e Helena, os médicos foram capazes de realizar 25% do que estava planejado sem intercorrências. As meninas, que estão em processo de recuperação, mostram bons sinais de cicatrização e respiram normalmente, o que é um excelente indicativo da eficácia do procedimento.

Casos anteriores e evolução na área da medicina

O último procedimento que resultou na separação definitiva de gêmeas aconteceu em agosto de 2023. No passado, em um caso inédito no Brasil, a equipe liderada pelo neurocirurgião Hélio Rubens Machado separou as gêmeas Maria Ysadora e Maria Ysabelle, marcando um marco na história da medicina pediátrica nacional.

Com a trajetória das gêmeas Heloísa e Helena, as esperanças se renovam e novas portas se abrem para o futuro de crianças que nascem em situações similares. O olhar atento da equipe médica e o apoio da família são fundamentais para assegurar o sucesso do tratamento e a qualidade de vida das gêmeas.

As histórias de superação como a delas inspiram não apenas familiares que enfrentam desafios semelhantes, mas também a sociedade, que se sensibiliza com cada conquista obtida por essas crianças corajosas.

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