O Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) do Ministério Público do Piauí, cumpriu mandados de busca e apreensão nesta quarta-feira (3), em apoio à 3ª fase da Operação Barão Vermelho, deflagrada pelo Ministério Público do Maranhão. Realizada também com a colaboração do Ministério Público da Paraíba, a operação dá continuidade à desarticulação de uma organização criminosa com atuação nos três estados.
De acordo com o Gaeco, foram cumpridos 23 mandados de busca e apreensão, 4 mandados de prisão, entre eles o empresário Josimar Barbosa, que em novembro de 2024 tinha sido preso em operação do Departamento Estadual de Repressão ao Narcotráfico (Denarc) por lavagem de dinheiro para uma facção criminosa.
Na ocasião, a polícia afirmou que o empresário usava os nomes dos filhos para a prática dos crimes. Ele possui uma loja de veículos localizada na Avenida Barão de Gurguéia.
Em Teresina, o Gaeco/MPPI cumpriu 4 mandados de busca e apreensão, dentro de um total de 16 expedidos para a cidade.
A Vara Especial Colegiada dos Crimes Organizados, atendendo a pedidos do Gaeco, determinou o bloqueio e a indisponibilidade de bens relacionados aos delitos investigados, incluindo imóveis, veículos, embarcações e aeronaves de propriedade ou na posse dos representados, pessoas físicas e jurídicas.
A promotora de Justiça Lenara Porto, coordenadora do Gaeco/MPPI, falou sobre a participação do MPPI na operação, destacando o cumprimento dos mandados e a apreensão de bens usados pela organização para a lavagem de capitais.
“Na ocasião foram identificados e apreendidos veículos, joias, relógios de alto valor, e tudo isso relacionado a atividades ilícitas que estão sendo investigadas”, comentou a promotora.
O promotor de Justiça Francisco Fernando de Morais, integrante do núcleo regional do Gaeco/MPMA, informou que foi realizada uma investida contra a ação de lavagem de dinheiro empreendida do grupo criminoso.
“Os alvos variaram de acordo com a função que cada um exerce dentro da organização criminosa: alguns atuam fortemente como “laranjas”, outros coordenando a lavagem, agiotagem, outros com a parte de agressão, violência, inclusive realizando cobranças, pressionando desafetos e até mesmo integrantes do grupo que não prestavam contas. Foi uma operação bastante ampla”, afirmou.

Relembre o caso
A primeira fase da operação ocorreu em 2023, quando o Gaeco identificou uma organização criminosa altamente estruturada, com ações sofisticadas, especialmente no que diz respeito ao esquema de lavagem de capitais. As investigações revelaram movimentações financeiras vultosas entre pessoas físicas e jurídicas envolvidas, além de saques bancários de valores expressivos, o que chamou a atenção das autoridades.
Com informações do MPPI