Brasil, 3 de setembro de 2025
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Delegado de Goiânia é denunciado por desvios na Educação

Delegado preso é acusado de desviar R$ 2,2 milhões de recursos públicos destinados à educação em Goiás.

Goiânia – O delegado Dannilo Ribeiro Proto, preso desde o último dia 21 de agosto, enfrenta sérias acusações por parte do Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO). Ele é denunciado por supostos desvios de recursos destinados a escolas estaduais no município de Rio Verde e por envolvimento em fraudes em contratações públicas. As denúncias foram apresentadas nesta segunda-feira, 1º de setembro, e incluem também sua esposa e outras sete pessoas, todas investigadas por meio da Operação Regra de Três.

Entenda a Operação Regra de Três

A Operação Regra de Três foi deflagrada com o objetivo de desarticular uma organização criminosa que, segundo as investigações, é liderada pelo delegado e sua esposa. A promotoria está analisando várias suspeitas, incluindo fraudes em contratações públicas e direcionamento ilegal de recursos destinados a reformas e obras em instituições de ensino da rede estadual. O MPGO estima que, desde 2020, o esquema teria desviado mais de R$ 2,2 milhões dos cofres públicos, o que gerou grande repercussão na sociedade.

O processo levou à determinação judicial de bloqueio de contas e apreensão de bens dos envolvidos, como forma de ressarcimento aos cofres públicos. Essa ação ressalta a gravidade das condições em que os recursos destinados à educação foram tratados e os impactos que isso pode ter na qualidade do ensino nas escolas afetadas.

Os Crimes Denunciados

Os crimes pelos quais o delegado e os outros denunciados respondem são variados e sérios, incluindo organização criminosa, falsidade ideológica, ameaça, prevaricação, contratação direta ilegal, peculato, falsificação, uso de documento particular e lavagem de capitais. Essa diversidade de acusações evidência a complexidade e a extensão do esquema fraudulento, que agiu de forma articulada ao longo do tempo.

Na primeira denúncia, estão envolvidos tanto o delegado quanto sua esposa, que ocupou o cargo de coordenadora regional de Educação em Rio Verde entre 2019 e 2024. Outros membros do grupo também foram citados, evidenciando que a corrupção pode ter raízes mais profundas dentro da estrutura pública local.

Dilema das Contratações Públicas

Os deputados e a sociedade, em geral, estão atentos à situação e questionam como um desvio dessa magnitude pôde ocorrer sem que houvesse uma supervisão adequada. O MPGO explicou que a segunda denúncia envolve os mesmos indivíduos da primeira, mas foca em crimes relacionados a supostas contratações fraudulentas através do Programa Reformar e outros programas da Secretaria de Educação (Seduc).

A investigação é um claro sinal da necessidade de se implementar controles mais rigorosos sobre a utilização dos recursos públicos, principalmente em áreas tão sensíveis como a educação. Afinal, o que está em jogo são não apenas cifras, mas também a formação e o futuro das crianças que dependem de uma educação de qualidade.

A Resposta das Autoridades

Em nota, a Polícia Civil de Goiás (PCGO) já informou que quaisquer dados relativos à participação de servidores da corporação nas investigações estão sendo encaminhados à Corregedoria da Polícia Civil. Isso mostra que a transparência e a responsabilidade são essenciais nesse processo, já que os cidadãos esperam que as instituições públicas atuem com integridade.

A Secretaria de Estado da Educação de Goiás (Seduc-GO) também declarou que não tinha conhecimento prévio dos fatos que estão sendo investigados. Além disso, ressaltou que os envolvidos não fazem mais parte da gestão atual e que, ao receber os documentos para análise, iniciará um processo de apuração interna das situações mencionadas nas investigações.

Próximos Passos

O caso do delegado Dannilo Ribeiro Proto é um exemplo eloquente da batalha contínua que as autoridades enfrentam no combate à corrupção no Brasil. Espera-se que, à medida que as investigações avancem, mais informações venham à tona, trazendo a público a extensão real das práticas ilícitas e as consequências que isso terá para os envolvidos.

O Metrópoles também tentou entrar em contato com a defesa do delegado, mas até o fechamento da reportagem, não houve resposta. A cobertura deste caso e a atenção a repercussões futuras são fundamentais para que a sociedade se mantenha informada e mobilizada contra a corrupção que afeta diretamente os serviços públicos.

Enquanto as investigações seguem, a expectativa é que a justiça seja feita, não apenas em benefício dos cofres públicos, mas também em prol de um sistema educacional mais justo e igualitário para todos os alunos goianos.

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