Brasil, 3 de setembro de 2025
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Defesa de Bolsonaro argumenta que não há provas na delação de Mauro Cid

Ex-presidente Jair Bolsonaro é acusado de envolvimento em trama golpista; defesa alega falta de evidências contundentes.

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentou novos argumentos em julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF), questionando as provas apresentadas na delação premiada de seu ex-ajudante de ordens, Mauro Cid. De acordo com os advogados, não existem evidências que incriminem Bolsonaro como parte de uma suposta trama golpista.

Os principais argumentos da defesa

O advogado Celso Vilardi, que representa Jair Bolsonaro, iniciou sua alegação destacando que a delação de Cid à Polícia Federal (PF) é uma “sucessão inacreditável de fatos” e que, segundo ele, “não há uma única prova que atrele o presidente ao ‘Punhal Verde e Amarelo’”, uma das operações mencionadas na investigação.

“Não há uma única prova que atrele o presidente ao Punhal Verde e Amarelo, operação Luneta e 8/1”, afirmou Vilardi, enfatizando a ausência de participação de Bolsonaro em eventos como o ataque de 8 de janeiro ou preparando eventos para a Copa de 2022.

Questionamentos sobre a credibilidade do delator

Na sequência, Vilardi questionou a credibilidade de Mauro Cid, alegando que “esse homem não é confiável” e que ele foi “pego na mentira pela enésima vez”. O advogado sustentou que a delação não pode ser considerada válida, devido a omissões e contradições nos relatos feitos por Cid.

“Ela não pode ser aproveitada”, complementou Vilardi, referindo-se à validade da delação em um julgamento que visa incriminar o ex-presidente. Suas palavras destacam um forte posicionamento da defesa, que visa contestar tanto o conteúdo da delação quanto a integridade de seu autor.

Dia do julgamento e o fluxo do processo

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) retomou o julgamento da ação penal que investiga a suposta trama golpista atribuída a Jair Bolsonaro e outros sete réus envolvidos na Ação Penal nº 2.668. A sessão, que começou às 9h18 desta quarta-feira (3/9), foi acompanhada por uma audiência atenta, tanto presencial quanto online.

Os advogados de defesa focam em desmontar os pontos que ligam Bolsonaro a atos que foram considerados ilegais, mas a pressão e o interesse públicos sobre o caso permanecem elevados. A sociedade civil e aliados políticos observam atentamente cada passo do julgamento, cientes de que as decisões tomadas podem ter repercussões significativas no cenário político brasileiro.

O que está em jogo para Bolsonaro

Os desdobramentos desse julgamento são cruciais não apenas para a defesa de Bolsonaro, mas também para a dinâmica política do Brasil como um todo. Se a defesa conseguir descredibilizar as acusações e as evidências apresentadas, isso pode ajudar a fortalecer a imagem do ex-presidente entre seus apoiadores e influenciar futuros desdobramentos políticos.

No entanto, caso o STF decida pela continuidade das investigações e da ação penal, Jair Bolsonaro pode enfrentar consequências legais sérias, que podem impactar não só sua liberdade, mas também seu futuro político.

Expectativas para os próximos passos do julgamento

Com a continuidade do julgamento, as expectativas estão altas. O que poderá ser decidido nas próximas sessões terá um impacto significativo no futuro político do ex-presidente e nas investigações em andamento. Para muitos analistas, a decisão do STF não será apenas sobre a culpabilidade ou inocência de Bolsonaro, mas também sobre a independência do judiciário e a fidelidade à justiça em meio a pressões externas.

Nesta quarta-feira, enquanto o julgamento continua, as câmeras e as atenções se voltam para a Primeira Turma do STF, onde a justiça do Brasil está sob forte escrutínio. O mundo político aguarda ansiosamente o desenrolar desse caso complexo, que vai além de um simples julgamento e adentra as profundezas da construção democrática do país.

À medida que mais informações se tornam disponíveis, será importante para a sociedade e para os legisladores se prepararem para as repercussões do que está sendo decidido nas salas do poder judiciário.

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