Brasil, 3 de setembro de 2025
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Articulação por anistia é classificada como golpe parlamentar

A articulação para pautar o PL da Anistia em meio ao julgamento de Bolsonaro é considerada um golpe parlamentar por Lindbergh Farias.

Em um cenário tenso na política nacional, o líder do Partido dos Trabalhadores (PT) na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ), criticou a articulação da oposição para pautar o Projeto de Lei (PL) da Anistia enquanto ocorrem os julgamentos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de seus aliados na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). Para Farias, essa ação representa um “golpe parlamentar” e revela uma estratégia arriscada e potencialmente ilegal.

Afirmativa de Lindbergh Farias sobre o PL da Anistia

Lindbergh Farias expressou preocupações sérias sobre o momento escolhido para discutir a anistia, considerando que isso poderia interferir nas ações em curso no Supremo. Ele declarou: “É uma loucura completa o Parlamento cogitar a votar uma anistia no meio dos julgamentos. Isso é uma interferência indevida, seria uma espécie de golpe parlamentar.”

Essas declarações foram feitas pelos corredores do STF, onde Farias acompanhou o julgamento do núcleo 1 da chamada trama golpista que envolve Bolsonaro. O parlamentar ressaltou que qualquer movimentação para anistiar crimes relacionados ao Estado Democrático de Direito é não apenas inconstitucional, mas também vai contra a posição já manifestada por diversos ministros do STF, incluindo o ministro Luiz Fux.

“Por que inconstitucional? Porque já existe posição dos ministros do Supremo no caso do deputado Daniel Silvera. Votos claros. O ministro Fux, por exemplo, diz que crime contra o Estado Democrático e Direito é impossível de anistia.”

Detalhes do julgamento de Jair Bolsonaro

No dia 3 de setembro, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) retomou o julgamento da ação penal que analisa a alegada trama golpista atribuída a Jair Bolsonaro e mais sete réus. A sessão ocorreu no período da manhã, entre 9h e 12h, e representou uma fase crucial no processo judicial que envolve o ex-presidente.

O advogado de Bolsonaro, Celso Villardi, iniciou a sustentação oral defendendo a inocência de seu cliente, afirmando não haver provas que liguem Bolsonaro ao dia 8 de janeiro, data marcada por tumultos e tentativas de insurreição. Villardi também questionou a credibilidade da delação de Mauro Cid, um personagem central na investigação, descrevendo-o como “pego na mentira pela enésima vez”. Além disso, ele enfatizou o tempo necessário para analisar as provas apresentadas e desafiou a confiabilidade da acusação.

Repercussão na sociedade brasileira

A articulação para a anistia em meio a um julgamento tão delicado não passou despercebida pela sociedade. Muitos políticos, analistas e cidadãos expressaram indignação e preocupação com a possibilidade da aprovação de um PL que pode proteger atos contrários à democracia. As opiniões estão polarizadas, refletindo um ambiente político tenso, onde a confiança nas instituições e nas decisões tomadas pelo Legislativo e Judiciário é constantemente questionada.

As consequências de um eventual golpe parlamentar podem ser profundas, alterando os já fragilizados laços democráticos e gerando um clima de instabilidade. O desfecho deste julgamento possui implicações não apenas para os réus, mas também para a percepção pública sobre a integridade do sistema democrático no Brasil.

Com isso, o acompanhamento contínuo do julgamento e a discussão sobre a proposta de anistia permanecem como temas centrais na agenda política, refletindo as divisões existentes no país.

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