Brasil, 3 de setembro de 2025
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Alunos de autoescola em Campinas relatam prejuízo após fechamento

Clientes da CFC Brasil, em Campinas, denunciam problemas financeiros após o encerramento das atividades da empresa.

Alunos da autoescola CFC Brasil, localizada na Avenida João Jorge, na Vila Industrial, em Campinas, estão enfrentando prejuízos significativos após o encerramento das atividades da empresa, ocorrido em junho deste ano. Com a interrupção dos serviços, muitos clientes se viram em uma situação complicada: não apenas não conseguiram concluir o serviço que contrataram, como também não receberam a devolução dos valores pagos. A situação tem gerado descontentamento e preocupação entre os ex-alunos, que se sentem enganados e sem alternativas viáveis para reaver o investimento feito em aulas de direção.

Licença da empresa cassada

Segundo informações do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), a licença da autoescola CFC Brasil foi cassada em maio, um mês antes do fechamento das portas. Isso significa que a empresa não tinha autorização para operar, o que intensifica a frustração dos alunos que confiaram na instituição para assegurar sua habilitação.

Os relatos de insatisfação estão se acumulando, e muitos alunos mencionaram que tentaram entrar em contato com a autoescola em busca de soluções, mas sem sucesso. “Fiz várias tentativas de contato e não obtive resposta. Agora, além de não ter terminado as aulas, ainda não sei se vou conseguir meu dinheiro de volta”, desabafa uma das alunas que ficou sem assistência.

Dificuldades enfrentadas pelos alunos

Além da perda financeira, muitos alunos, principalmente aqueles que estavam a poucos passos de finalizar seus processos para a obtenção da CNH (Carteira Nacional de Habilitação), estão se sentindo sem opções. A situação se torna ainda mais complicada para jovens que tinham a expectativa de tirar a carteira para ingressar no mercado de trabalho, o que é essencial em tempos de alta competitividade. “Eu precisava da CNH para poder conseguir um estágio, e agora estou desesperada porque não sei por onde começar novamente”, comenta outra aluna impactada pela situação.

Busca por soluções e direitos dos consumidores

Diante dessa situação, muitos ex-clientes estão se mobilizando para buscar seus direitos. Algumas alunas já começaram a registrar boletins de ocorrência e a se organizar em grupos nas redes sociais para compartilhar informações e experiências, visando encontrar uma solução coletiva. Especialistas em direito do consumidor alertam que é fundamental que os alunos fiquem atentos aos seus direitos e busquem orientação jurídica, caso necessário.

O Procon, órgão de proteção e defesa do consumidor, também pode ser um aliado importante nesse momento. A orientação é de que todos os alunos que se sentiram prejudicados busquem assistência através dos canais disponíveis, como telefone ou site, e registrarem suas reclamações. “Estamos aqui para ajudar a solucionar questões como essas, e todas as denúncias serão investigadas”, assegura um representante do Procon.

O impacto nas autoescolas de Campinas

Esse caso levanta questões relevantes sobre a fiscalização e a regularidade das autoescolas na região. Com o fechamento da CFC Brasil, outras instituições de ensino à direção podem enfrentar uma maior demanda, mas também uma responsabilidade maior em garantir que seus serviços sejam oferecidos de maneira ética e transparente. A segurança e a confiança dos alunos devem ser uma prioridade para restaurar a credibilidade do setor.

Enquanto o caso continua a ser discutido entre alunos afetados e autoridades competentes, a esperança é de que as lições sejam aprendidas para que situações como essa não voltem a acontecer. Os alunos merecem respeito e garantias de que seus direitos não serão desrespeitados por empresas que não operam dentro das leis.

À medida que a situação se desenrola, manter-se informado e participar das iniciativas de defesa de direitos pode ser uma maneira eficaz de pressionar por soluções e assegurar um futuro mais seguro e justo para todos os alunos.

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