Completa-se nesta semana o 20º aniversário do furacão Katrina, que devastou Nova Orleans, Louisiana, em 2005. A Netflix lançou a série em três episódios, Katrina: Come Hell and High Water, trazendo uma perspectiva íntima das experiências dos sobreviventes, jornalistas e líderes locais durante e após a tragédia. A seguir, listamos os 15 fatos mais intrigantes que descobrimos ao assistir ao documentário.
Fatos marcantes do Katrina revelados pela Netflix
1. Desconfiança inicial dos moradores
Muitos habitantes de Nova Orleans eram céticos quanto à gravidade de Katrina, devido às alertas do furacão Ivan, no ano anterior, que passou perto da cidade sem causar danos significativos.
2. Milhares buscando abrigo no Superdome
Mais de 20.000 pessoas se aglomeraram no Superdome, considerado a última esperança, com uma fila de duas milhas de pessoas tentando escapar da fúria do Katrina antes do seu ataque.
3. Hora do landfall e destruição dos diques
O Katrina atingiu a costa da Louisiana às 3h da manhã de 30 de agosto de 2005. Leve)s, que eram considerados a melhor defesa da cidade, falharam, deixando a cidade submersa e causando uma inundação com até uma hora e meia de água por hora nas ruas.
4. Leve)s devastadores comparados a uma bomba nuclear
O rompimento dos diques foi descrito pelo então vice-governador da Louisiana como “como um bombardeio nuclear na cidade de Nova Orleans”, uma tragédia de proporções inéditas.
5. Moradores remamos para salvar uns aos outros
Na vizinhança Lower 9th Ward, predominantemente negra, residentes pegaram barcos para resgatar vizinhos retratando uma resposta de autoajuda diante da ausência de ajuda oficial.
6. Refúgio no Superdome
Resgatados de casa por causa da enchente, muitos ficaram dias no estádio junto com outras famílias, vivendo em condições precárias sem assistência adequada.
7. Presença do presidente Bush na zona de desastres
Exatamente 54 horas após a catástrofe, o Air Force One com George W. Bush sobrevoou a área devastada, simbolizando o início de esforços de assistência federal.
8. Liderança de Russel Honoré
O general russel Honoré, natural da Louisiana, assumiu o comando das operações de resgate, tendo papel crucial na coordenação das ações após o desastre.
9. Caminho de seca até o Centro de Convenções
Três dias após o Katrina, moradores receberam ordens de caminhar vários quilômetros até o Centro de Convenções em busca de ajuda, sem sucesso imediato.
10. Operações de resgate com problemas
Resgates no Superdome foram interrompidos após tiros disparados contra helicópteros, agravando a crise de segurança e dificultando o socorro às vítimas.
11. Estado de guerra na cidade
Por temor de saques, a polícia declarou lei marcial, mas a abordagem midiática carregada de racismo agravou ainda mais a violência contra os negros locais, aumentando a vulnerabilidade dessas populações.
12. Violência vigilante e aumento de vítimas
Dados de hospitais próximos indicaram um aumento de vítimas de tiros, chegando a 6 a 10 casos diários, refletindo a presença de ações vigilantes na área.
13. Relação entre racismo e resposta ao desastre
O documentário denuncia como o racismo estrutural influenciou a lentidão e a ineptidão nos esforços de resgate, deixando negros à própria sorte durante a crise.
14. Impacto duradouro na população
Além da destruição física, Katrina deixou marcas profundas na saúde mental e na segurança de milhares de sobreviventes, muitos dos quais ainda vivem na incerteza.
15. Legado e reflexão atual
Ao celebrar os 20 anos, o país relembra a maior crise de refugiados na história americana e discute as lições para evitar que tragédias semelhantes voltem a acontecer.
O documentário da Netflix oferece uma perspectiva importante sobre os efeitos de uma catástrofe de proporções históricas, e as desigualdades que agravaram ainda mais a tragédia. Para quem deseja entender a fundo os desdobramentos do Katrina, a série é uma leitura obrigatória.
