Brasil, 13 de outubro de 2025
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Trump enfrenta críticas de apoiadores MAGA por plano de abrir portas para estudantes chineses

Decisão de Trump de permitir entrada de 600 mil estudantes chineses provoca revolta entre apoiadores do movimento MAGA, que veem o gesto como traição ao “America First”.

O ex-presidente Donald Trump enfrentou forte reação de seus apoiadores nesta semana após anunciar planos de liberar a entrada de 600 mil estudantes chineses nos Estados Unidos. A medida, anunciada na segunda-feira, ocorre em meio a negociações comerciais com Pequim e contrasta com suas ações anteriores de restrição a estudantes do país asiático.

Reversão de posições e controvérsia

Trump afirmou que, apesar das tensões, “é muito importante” permitir que os estudantes chineses ingressem nos EUA, reforçando que “vamos nos entender com a China”. Em maio, o secretário de Estado à época, Marco Rubio, anunciou a revogação de vistos para chineses ligados ao Partido Comunista ou estudando áreas críticas, sob a lógica de priorizar o “America First”.

“Se não permitir esses estudantes, nossas universidades perderiam o topo, e as instituições mais ruins não sobreviveriam”, justificou Trump em entrevista à imprensa na Casa Branca. A mudança ocorre após sua administração aplicar altas tarifas comerciais e reforçar deportações de estrangeiros, numa tentativa de conter o que chama de práticas comerciais injustas de Pequim.

Reações do movimento MAGA e críticas internas

A decisão de Trump de abrir as portas para os estudantes chineses foi duramente criticada por figuras do movimento MAGA. A representante Marjorie Taylor Greene (R-Ga.) questionou no X (antigo Twitter): “Como colocar 600 mil estudantes da China no país, sendo eles possivelmente leais ao PCC, é colocar os americanos em primeiro lugar?”

Outros setores conservadores também manifestaram repúdio. A ativista Laura Loomer chamou os estudantes chineses de “espécies de spies comunistas” e associou a medida à teoria de que a China teria lançado o coronavírus intencionalmente, alimentando discursos xenofóbicos e aumentando tensões raciais contra asiático-americanos.

Defesas e justificativas

Na defesa da sua política, o especialista Howard Lutnick, do setor privado, destacou que a decisão reflete um “ponto de vista econômico racional”, afirmando que os estudantes chineses são essenciais para universidades de alto nível e que, ao saírem, darão lugar aos estudantes americanos nas instituições top.

“Se não aceitarmos esses estudantes, as universidades americanas perderiam o seu destaque, e as instituições menos prestigiadas poderiam fechar”, afirmou Lutnick em entrevista à Fox News. Apesar da controvérsia, a medida sinaliza uma mudança na narrativa de Trump sobre as relações com Pequim, que anteriormente focava na restrição de entrada de chineses.

Repercussões e futuro

A expansão da política de imigração de Trump, agora com abertura aos estudantes chineses, deve provocar debates intensos nos próximos meses. Lideranças do movimento conservador acusam a decisão de trair o princípio do “America First” e veem a estratégia como uma “hipocrisia” aparente na atitude de Trump.

O silêncio oficial do governo dos EUA sobre o tema mantém o foco na polarização, enquanto analistas políticos avaliam que essa mudança poderá influenciar as próximas eleições, com os apoiadores do ex-presidente divididos entre a ameaça percebida à segurança nacional e as possíveis vantagens econômicas de uma abordagem mais conciliatória com Pequim.

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