Brasil, 2 de setembro de 2025
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Regras rigorosas marcam julgamento de Jair Bolsonaro no STF

STF estabelece medidas de segurança e proibições durante julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro.

O julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro pela tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022 começou nesta terça-feira e tem gerado grande expectativa e preocupações em Brasília. Para garantir a segurança e a ordem durante este evento inédito, o Supremo Tribunal Federal (STF) implementou uma série de regras e protocolos rigorosos que visam manter a integridade do plenário e a tranquilidade do público presente.

Medidas de segurança e orientações ao público

Instruções detalhadas foram colocadas em todos os assentos do plenário da Primeira Turma do STF. Entre as orientações, destaca-se a proibição de gravar ou fotografar o julgamento, bem como de realizar qualquer manifestação de apoio ou repúdio. Além disso, o público é alertado sobre a possibilidade de abordagem da segurança, caso necessário. Durante a sessão, os celulares devem permanecer em modo silencioso.

As medidas de segurança foram ampliadas e contarão com a presença de policiais legislativos e cães farejadores, que já estavam presentes na manhã do dia do início do julgamento. Para estas duas semanas de sessões, o STF terá um esquema de segurança reforçado, que deverá continuar ativo também durante outras atividades importantes, como a posse do novo presidente da Corte, ministro Edson Fachin, marcada para 29 de setembro.

Reforço policial e uso de tecnologias

A segurança do STF receberá apoio substancial de várias forças policiais. O fechamento da Praça dos Três Poderes será uma medida adicional de proteção, e a presença da tropa de choque da Polícia Militar, do Bope e do COT da Polícia Federal será reforçada. A instalação de novos pórticos de detecção de metais nas entradas do tribunal também integra a estratégia de segurança, assim como um policiamento ostensivo nos arredores do STF.

Regras do julgamento no STF
Regras do julgamento no STF — Foto: Reprodução

Ao todo, a operação de segurança contará com agentes da Polícia Judicial e de outros quatro tribunais, que foram deslocados para Brasília. Parte desse efetivo, como 30 guardas que vieram do Rio de Janeiro e São Paulo, já se encontra nas dependências do STF desde o início da semana. Um esquema especial também foi criado, com o uso de drones capazes de realizar monitoramento com imagens térmicas, assegurando uma vigilância constante e eficaz.

Expectativas e preocupações durante o julgamento

O julgamento de Jair Bolsonaro é considerado um dos mais significativos na história recente do STF. É a primeira vez que um ex-presidente enfrenta acusações de tentativa de golpe de Estado, o que acende preocupações quanto à segurança, especialmente em datas próximas a protestos e eventos políticos que costumam ocorrer em Brasília, como o 7 de Setembro.

Além do aparato de segurança em solo, a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal montou uma operação integrada com a Polícia Judicial do STF, incluindo uma célula de inteligência dedicada ao monitoramento de redes sociais e análise em tempo real de movimentações suspeitas. O objetivo é assegurar uma resposta rápida para prevenir qualquer tentativa de tumulto durante o julgamento.

A utilização de equipamentos de alta tecnologia, como os drones mencionados, permitirá que varreduras diárias sejam realizadas tanto de dia quanto à noite, garantindo que o tribunal esteja sempre em segurança. Esse nível de vigilância foi adotado apenas em situações de risco elevado na história do STF, como o julgamento do Mensalão e eventos que ameaçaram a sede do tribunal.

Com todo esse esquema de segurança robusto e regras estabelecidas, o STF tenta garantir que o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro ocorra em um ambiente controlado, longe de tensões e manifestações que possam comprometer o processo judicial histórico que se desenrola.

Enquanto isso, todos os olhos estão voltados para Brasília, onde o desfecho desse caso poderá influenciar o futuro político do país e a posição do STF como guardião da democracia brasileira.

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