Brasil, 2 de setembro de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

PIB do Brasil cresce 0,4% no segundo trimestre de 2025

Economia brasileira apresenta desaceleração com crescimento menor do que nos três primeiros meses do ano

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil registrou um crescimento de 0,4% no segundo trimestre de 2025, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A cifra representa uma desaceleração em relação ao avanço de 1,4% observado no primeiro trimestre, confirmando a expectativa do mercado e do governo de uma retomada mais moderada.

Desaceleração já era prevista pelos setores econômicos

De acordo com a Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda, essa desaceleração ocorre em ritmo mais forte do que as estimativas realizadas no Boletim MacroFiscal de julho, que ainda tinha poucos indicadores disponíveis. “No segundo trimestre, o crescimento na margem foi similar à estimativa da SPE. No entanto, a desaceleração ocorreu em ritmo mais acentuado do que o previsto”, afirmou o Ministério da Fazenda.

Para o terceiro trimestre, a expectativa é de que o ritmo de expansão do PIB seja pouco inferior ao do segundo trimestre, sinalizando uma retomada de crescimento mais branda. Apesar da desaceleração, o mercado de trabalho permanece resiliente, incentivado pelo aumento na concessão de crédito consignado e pelo pagamento de precatórios, fatores que podem impulsionar a atividade econômica.

Contexto de desaceleração e relação com a política de juros

A redução do ritmo de crescimento, que já era prevista pelo Banco Central, é consequência do elevado nível da taxa de juros, atualmente em 15% ao ano, a maior em quase duas décadas. Segundo o Banco Central, a taxa Selic será mantida neste patamar por um “período bastante prolongado”, com expectativas de cortes somente em 2026.

O mercado financeiro projeta um crescimento do PIB de 2,19% em 2025, enquanto o próprio Banco Central estima uma expansão de 2,1%. Essa desaceleração faz parte da estratégia do BC de conter a inflação, que está sob controle, mas ainda acima da meta de 3%. “A desaceleração faz parte do processo de convergência da inflação à meta”, afirmou o BC em sua ata mais recente.

Perspectivas futuras da economia brasileira

Segundo o BC, a atividade econômica doméstica apresenta sinais de moderação, com dados mistos entre setores e indicadores diversos. A avaliação do Banco Central é de que a economia continua operando acima do seu potencial de crescimento sem pressionar a inflação, mas o ritmo de avanço agora é mais lento.

Embora a desaceleração seja vista como parte necessária para o controle inflacionário, ela também traz desafios para a recuperação de crescimento robusto no médio prazo. O governo e especialistas continuam monitorando o cenário para avaliar possíveis ajustes na política monetária e estímulos fiscais que possam impulsionar o crescimento de forma sustentável.

Para mais detalhes, acesse a fonte original.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes