O mundo do vôlei de praia está de luto após a perda do técnico e ex-jogador Paulo Roberto Moreira da Costa, conhecido como Paulão. O baiano de 56 anos faleceu na terça-feira, 2 de setembro, após sofrer um infarto enquanto residia em Santiago, no Chile, onde trabalhava atualmente. A notícia foi amplamente lamentada por amigos e colegas da modalidade.
A tristeza de amigos e familiares
Entre os que expressaram suas condolências, destacam-se Paulo Emílio, parceiro de Paulão na conquista do Circuito de 1991, e Ricardo Santos, primo e um dos maiores nomes da história do vôlei de praia. Em entrevista ao g1, Paulo Emílio compartilhou sua tristeza: “Paulão era um amigo, um compadre… na verdade, um irmão de vida! Tinha um coração enorme e sempre ajudava os amigos. Essa é uma perda irreparável!”, disse.
Ricardo Santos também homenageou Paulão em suas redes sociais, relembrando a influência que o primo teve em sua carreira e vida pessoal. “Foi ele quem me mostrou o caminho, quem me incentivou e despertou em mim o amor pelo vôlei de praia. A referência da nossa família no esporte, o exemplo que me guiou e que sempre carregarei no coração”, escreveu o campeão olímpico de 2004.
Uma carreira repleta de conquistas
Paulão deixou uma marca indelével no vôlei de praia brasileiro. Ele e Paulo Emílio conquistaram o Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia em 1991 e, em 1996, o bicampeonato brasileiro. A dupla também alcançou a medalha de bronze no primeiro Campeonato Mundial de vôlei de praia, em 1997, e o vice-campeonato do Circuito Mundial na temporada de 1992/1993.
Além de ser um jogador bem-sucedido, Paulão desempenhou um papel crucial no desenvolvimento do vôlei de praia no Chile, onde era o treinador principal da seleção nacional desde 2017. Sob sua tutoria, a equipe chilena conseguiu vitórias em títulos sul-americanos, além de pódios pan-americanos e uma classificação olímpica.
A despedida do ídolo
O corpo de Paulão será transladado para Salvador, onde receberá um sepultamento merecido, que ainda terá sua data definida. O Esporte Clube Bahia, clube do coração de Paulão, emitiu uma nota lamentando sua morte e ressaltando a importância dele para o esporte.”Desde 2017 no Chile, Paulão era o treinador principal da seleção nacional e contribuiu para o desenvolvimento da modalidade naquele país”, destacou o clube.
A trajetória de Paulão não se limita às quadras; ele foi um mentor e inspiração para muitos. Sua influência no vôlei de praia e na vida de seus amigos e familiares será lembrada para sempre. “Ele se foi, mas deixa uma história linda, que jamais será apagada.”, declarou Ricardo Santos.
Legado e lembranças
As memórias de Paulão estarão sempre presentes nas histórias contadas pelos que o conheceram e admiraram. Sua alegria, dedicação ao esporte e amor pelos amigos e familiares fazem dele uma lenda do vôlei de praia, cuja presença será eterna na marca que deixou na modalidade.
Com a morte de Paulão, o vôlei de praia brasileiro perde um de seus maiores ícones, mas seu legado viverá através dos atletas que inspirou e das conquistas que ajudou a tornar possíveis.
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