Uma missão empresarial brasileira, composta por oito federações de indústrias, quatro sindicatos, 19 associações setoriais e dezenas de empresas, chegou a Washington nesta semana para buscar apoio contra o tarifaço de 50% imposto pelo governo dos Estados Unidos. O objetivo é mapear pontos de apoio, manter diálogos e preparar uma mesa de negociação, afastando o fator político do debate.
Contexto e impacto do tarifaço
De acordo com dados da Firjan, 2% das exportações do Estado do Rio de Janeiro para os EUA foram afetadas pelo aumento tarifário, o que representa um impacto de aproximadamente R$ 123 milhões na economia fluminense desde 1º de agosto. Os setores mais impactados incluem alimentos, indústria têxtil, plásticos e borracha, chegando a afetar cerca de 2.600 postos de trabalho na região.
Esforços diplomáticos e estratégicos
Para ajudar nas negociações, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) contratou o escritório de lobbying de Brian Ballard, advogado próximo do ex-presidente Donald Trump, na tentativa de reverter ou aliviar os efeitos das tarifas. Segundo Rodrigo Santiago, presidente do Conselho de Relações Internacionais da Firjan, a missão busca ainda demonstrar que a mesa de diálogo ainda não foi aberta, mas que é fundamental que ela aconteça em breve.
Diálogo técnico e comercial
As expectativas são de que a mesa de negociações não seja marcada por questões políticas, mas sim por uma visão técnica e comercial. “O grande desafio é trazer o tema o máximo possível para uma visão técnica e comercial, afastando o fator político”, afirmou Santiago. A missão envolve também representantes do setor privado norte-americano, o que reforça a intenção de ampliar a comunicação bilateral.
Perspectivas futuras
Até o momento, ainda não há previsão de quando será aberta a mesa de negociações formal. A iniciativa visa fortalecer o posicionamento brasileiro e buscar uma solução que minimize os impactos econômicos do tarifão, além de evitar novas tarifas semelhantes no futuro.
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