A atriz e ativista Laverne Cox utilizou suas redes sociais nesta semana para falar abertamente sobre seu relacionamento de quatro anos com um policial da cidade de Nova York, que era votante do movimento MAGA. Cox, vocal contra Donald Trump, veio a público após receber comentários negativos sobre a conexão com alguém associado ao movimento político que ela sempre criticou.
Relacionamento e diferenças políticas
Durante um vídeo de quase 55 minutos no Instagram, Cox revelou que conheceu seu ex-namorado, um policial com cabelos loiros, olhos azuis e eleitor de Trump, durante a pandemia, quando ambos tinham 26 e 48 anos, respectivamente. Apesar das diferenças políticas evidentes – ela uma defensora ferrenha dos direitos trans e ele um simpatizante do movimento conservador – o romance durou quatro anos.
Ela explicou que, na época, não tinha conhecimento das opiniões políticas dele, pois eles apenas conversavam por aplicativos de relacionamento, como o Tinder. Cox contou que tentaram navegar suas diferenças com respeito, sempre com uma postura de diálogo, reforçando que, na maior parte do tempo, não discutiam política ou questões trans.
Reação às críticas e defesa da experiência
Após a repercussão de sua confissão, Cox precisou se pronunciar novamente no Instagram, defendendo sua postura. Ela afirmou que não se envolveu por superficialidade ou aparência, mas por qualidades humanas do ex-namorado e pelo amor que sentiu.
“Eu sou uma mulher adulta, vivi experiências, e não vou namorar alguém por apenas uma questão superficial”, disse Cox. Ela também ressaltou que sempre desafiou o parceiro com empatia, respeito e fatos, mesmo com diferenças políticas e ideológicas.
Postura política e ativismo
Cox reforçou que, embora ela seja uma pessoa que luta contra o fascismo e por direitos trans, sua relação não envolvia a discussão de temas políticos ou ideológicos. “A maior parte do relacionamento foi focada na conexão humana, não na política”, afirmou.
A atriz também explicou que, apesar de se identificar como independente por grande parte da vida e votar no PSB ou apoiar Bernie Sanders, ela nunca votou em Donald Trump. “O movimento MAGA é profundamente anti-trans, e é importante reconhecer isso”, destacou.
Críticas e reflexões
A artista pediu que as pessoas não desumanizem aqueles que possuem opiniões políticas diferentes. “Não acho que meu ex me desumanizou; ele tinha suas opiniões, assim como eu, mas isso não define quem somos como indivíduos”, afirmou Cox.
Ela também destacou que, na maior parte do relacionamento, evitou discutir questões trans, para preservar a leveza e a felicidade do momento, especialmente considerando o cenário político adverso ao segmento LGBTQ+.
Próximos passos e impacto
O relato completo faz parte de sua turnê “Gurrl How Did I Get Here?”, que acontece na City Winery de Nova York, e ela tem previsto abordar a trajetória de vida e carreira com humor e sinceridade, inclusive a experiência de ter amado alguém com pontos de vista políticos divergentes.
Para assistir à entrevista completa, acesse o vídeo no Instagram de Cox, disponível aqui.