Brasil, 2 de setembro de 2025
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Economistas reforçam autonomia do Fed diante de pressões políticas

Especialistas destacam que leis americanas protegem o Federal Reserve de influências políticas, garantindo estabilidade na política monetária

Economistas ressaltam que as leis dos Estados Unidos foram criadas para assegurar a autonomia do Federal Reserve (Fed) frente a pressões políticas. Segundo eles, os mandatos fixos dos diretores e a possibilidade de remoção apenas ‘por justa causa’ funcionam como mecanismos de proteção à independência da instituição.

Proteção jurídica e sua importância para o Fed

De acordo com analistas, a legislação americana busca blindar o Fed de pressões externas, sobretudo de influências de governos ou de figuras políticas de destaque. “Por lei, os diretores do Fed têm mandatos fixos e só podem ser removidos ‘por justa causa’ — um critério rigoroso criado para resguardar a autonomia da instituição”, explica Maria Fernandes, economista especializada em política monetária.

“Essa proteção não é apenas uma formalidade legal, mas um mecanismo prático, desenhado para impedir que a política monetária seja usada em benefício político imediato, em detrimento do que é melhor para a economia”, completa Fernandes. Na prática, esse sistema evita que decisões do Fed sejam influenciadas por interesses políticos de curto prazo, preservando a credibilidade da política monetária norte-americana.

Repercussões no cenário internacional

A autonomia do Fed é frequentemente tema de debate global, principalmente em momentos de tensão política ou de crise econômica. Recentemente, quase 600 economistas assinaram uma carta aberta defendendo a nomeação de Lisa Cook ao conselho do Federal Reserve, ao mesmo tempo em que criticaram a tentativa de pressões feitas pelo ex-presidente Donald Trump para influenciar decisões do banco central Fonte.

Impacto da autonomia na estabilidade econômica

Especialistas afirmam que a independência do Fed tem papel fundamental na manutenção da estabilidade econômica dos Estados Unidos. “A autonomia garante que as decisões de política monetária sejam baseadas em análises técnicas e dados econômicos, e não em interesses políticos de curto prazo”, destaca João Silva, professor de economia da Universidade de São Paulo.

Essa estrutura também é vista como um exemplo para outros países, que buscam fortalecer a credibilidade de suas instituições financeiras frente às influências políticas internas e externas.

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