Brasil, 2 de setembro de 2025
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Economia brasileira desacelera no segundo trimestre de 2025, indica governo

Crescimento do PIB ficou em 0,4%, com setores de serviços e indústria contribuindo para a desaceleração

A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda divulgou nesta terça-feira que o crescimento da economia brasileira no segundo trimestre de 2025 desacelerou, porém dentro do esperado pelo governo. Segundo o relatório, a moderação se deve principalmente à menor expansão do consumo interno e dos investimentos, enquanto o setor externo teve contribuição positiva.

O desempenho do PIB no segundo trimestre de 2025

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Produto Interno Bruto (PIB) avançou 0,4% em relação ao trimestre anterior, ficando abaixo do crescimento de 1,4% registrado no início do ano. Na comparação anual, o crescimento foi de 2,2%, desacelerando em relação aos 2,9% do trimestre anterior. O acumulado dos últimos quatro trimestres apresentou crescimento de 3,2%, contra 3,5% do período anterior.

Setores produtivos: avanços e desafios

Segundo análise da SPE, os serviços puxaram o crescimento trimestral, avançando 0,6%, impulsionados pelo comércio e atividades imobiliárias. Já o setor de transporte e serviços públicos apresentou desempenho abaixo das expectativas. A indústria cresceu 0,5%, estimulada pela recuperação da extrativa, como mineração e petróleo, apesar de ter sofrido com a queda na produção de eletricidade e gás. A agropecuária teve leve recuo de 0,1%, porém manteve crescimento elevado na comparação anual, de 10,1%, apoiada pelas safras de grãos e a pecuária.

Demanda interna e investimentos em queda

A SPE destaca que o consumo das famílias cresceu 0,5% no trimestre, apresentando desaceleração em relação ao primeiro trimestre, influenciado pela redução na compra de bens duráveis e pelo ritmo mais lento da renda e do crédito. Além disso, os investimentos também caíram, com a formação bruta de capital fixo (FBCF) recuando 2,2%, interrompendo uma sequência de seis trimestres de crescimento. A taxa de investimento caiu de 17,8% para 16,8% do PIB, refletindo menor aplicação em construção, máquinas e equipamentos.

Setor externo impulsiona o PIB

O comércio exterior contribuiu positivamente, ajudando a sustentar o crescimento do PIB no segundo trimestre, com impacto de 0,7 ponto percentual. Essa contribuição veio principalmente da redução de 2,9% nas importações, enquanto as exportações avançaram modestamente 0,7%, desacelerando em relação ao trimestre anterior. Para o terceiro trimestre, a SPE projeta um ritmo de crescimento levemente inferior ao do segundo trimestre.

Perspectivas e estratégias do governo

O governo ressalta que, apesar da desaceleração, o mercado de trabalho permanece resiliente, sustentando o consumo e beneficiando o pagamento de precatórios e a expansão do crédito consignado. Segundo a SPE e o Banco Central, a desaceleração faz parte da estratégia de controle da inflação, que atualmente tem meta de 3%. A economia continua operando acima do seu potencial, sem gerar pressões inflacionárias excessivas, conforme destacou o relatório.

Para mais detalhes, confira a matéria no site do Globo.

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