Brasil, 2 de setembro de 2025
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Defesa de Mauro Cid pede baixa do Exército por problemas psicológicos

A defesa de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, afirma que ele não possui mais condições psicológicas para continuar no Exército.

Na tarde desta terça-feira, 2 de setembro, durante uma sustentação oral na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), a defesa de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, informou que o tenente-coronel solicitou a sua baixa do Exército, alegando problemas psicológicos. Essa decisão vem à tona em meio ao processo que envolve Cid em uma ação penal acerca da suposta trama golpista que tenta anular as eleições de 2022.

A situação de Mauro Cid e suas condições psicológicas

Durante a sustentação oral, o advogado Jair Alves Pereira destacou o impacto do acordo de delação premiada na vida de Cid. “Ele perdeu tudo. Não se pode exigir que um colaborador, que se expôs do que se expôs Mauro Cid, agora deva lidar com as consequências psicológicas desse processo sem apoio. Ele se afastou da família, amigos e de uma carreira militar que sempre foi seu sonho”, afirmou o advogado.

O estresse gerado pelo desgaste emocional e pela pressão do julgamento levou Cid a esse ponto de decisão. Pereira argumentou que, após ter sua prisão cautelar mantida por mais de dois anos, é compreensível que Mauro Cid não se sinta mais apto a continuar servindo como militar. “Se ele tem dado o suporte e a dinâmica dos fatos, então seria justo que recebesse os benefícios do acordo que fez”, concluiu.

Contradições nas oitivas e na defesa de Cid

A defesa também abordou as contradições nas declarações prestadas por Cid à Polícia Federal (PF). O advogado argumentou que não se pode exigir precisão absoluta de alguém que passou por uma experiência tão desgastante. “Um colaborador, como Mauro Cid, que se viu pressionado pela mudança de advogado e pela mudança de tese, pode, eventualmente, apresentar contradições”, afirmou. Contudo, insistiu que isso não compromete o acordo de delação firmado.

“É natural que a pressão e abalo psicológico façam com que algumas informações sejam mal recordadas. Isso é algo que faz parte da natureza humana, e não deve desmerecer o valor do acordo de delação”, argumentou Pereira.

Cid já deu entrada no processo de solicitação de baixa, segundo informações da defesa. A situação é vista como mais uma complicação em um caso que já é considerado um dos mais polêmicos da política brasileira atual.

O julgamento no STF e suas implicações

A Primeira Turma do STF retoma o julgamento da ação penal envolvendo ex-presidentes e outros réus envolvidos em tentativas de anulação das eleições do último ano. A Procuradoria-Geral da República (PGR) acusou Bolsonaro e os demais réus de tentarem desestabilizar a democracia brasileira para manter o ex-presidente no poder. Este julgamento é, sem dúvida, um marco importante na história política do Brasil, gerando amplo interesse e repercussão na sociedade.

Com a defesa de Mauro Cid apresentando seus argumentos, o desfecho deste caso pode influenciar o entendimento sobre o tratamento dado àqueles que se dispõem a colaborar com a justiça, especialmente sob intensa pressão psicológica. O público poderá acompanhar esse caso ao vivo no Metrópoles.

O judiciário brasileiro enfrenta desafios significativos, que vão além das simples questões administrativas; o impacto emocional e psicológico nos envolvidos é uma realidade que não pode ser ignorada. À medida que o julgamento avança, a atenção do público se volta para as implicações da condenação ou absolvição de Mauro Cid e outros réus neste contexto complicado e repleto de nuances.

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