Nesta quinta-feira (2), criminosos desviaram aproximadamente R$ 5 milhões da Sociedade de Crédito Direto (SCD) Monetaire, operando sob o nome de Monbank. O desvio foi realizado por meio de uma transferência eletrônica via TED, após tentativas anteriores de fraude pelo Pix terem sido impedidas.
Fraudes envolvendo Pix e TED
Segundo a fintech, os criminosos inicialmente tentaram realizar a golpe por meio de Pix, mas foram bloqueados. Em sequência, tentaram uma transferência via TED tradicional, que também foi frustrada. A invasão bem-sucedida ocorreu ao realizar uma TED de “não cliente”, ou seja, uma transferência iniciada de uma conta de outra instituição financeira, por meio de depósito de um cliente de outra instituição.
De acordo com a empresa, que opera também sob o nome de Monbank, o ataque foi detectado em suas plataformas digitais pela própria equipe de segurança na manhã desta terça-feira. A fintech afirmou que nenhuma conta de clientes foi afetada e que não houve vazamento de dados.
Medidas de segurança e impacto
Em nota, a Monbank ressaltou a eficácia de suas múltiplas camadas de segurança, que permitiram identificar e bloquear rapidamente as operações suspeitas, evitando danos maiores ao sistema. “Graças às múltiplas camadas de segurança do Monbank, foi possível identificar e bloquear rapidamente as operações suspeitas, evitando danos maiores ao sistema”, afirmou o comunicado. “Nenhum cliente foi prejudicado diretamente, e não houve vazamento de dados”, reforçou a fintech.
Situação alarmante no cenário de ataques
O caso ocorre apenas quatro dias após o ataque hacker à empresa de tecnologia Sinqia, que resultou na retirada de cerca de R$ 710 milhões via Pix. A Sinqia, responsável por conectar bancos e fintechs ao sistema do Banco Central (BC), sofreu um incidente em que um ataque realizado pela empresa C&M Software também resultou na perda de mais de R$ 800 milhões pelo mesmo método.
Preocupação e próximos passos
Especialistas apontam que os golpes neste setor continuam crescendo, destacando a necessidade da implementação de medidas de segurança mais robustas e a atenção constante de instituições financeiras. A Polícia Econômica e órgãos reguladores estão monitorando o aumento dos ataques, que evidenciam fragilidades no sistema financeiro digital brasileiro.
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