O desempenho da economia brasileira no segundo trimestre de 2025, divulgado nesta terça-feira (2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), colocou o país na sexta posição entre os membros do G20 que já revelaram seus resultados do Produto Interno Bruto (PIB) para o mesmo período. O PIB acumulado nos últimos 12 meses cresceu 3,2%, enquanto na comparação com o mesmo período de 2024, o avanço foi de 2,2%.
Ranking do PIB do G20 e desempenho recente
Segundo análise da Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda, o Brasil figura na sexta colocação tanto no acumulado de 12 meses quanto na comparação entre o segundo trimestre de 2025 e o primeiro de 2025. No grupo do G20, que reúne 19 países, além da União Europeia e da União Africana, o Brasil ocupa a sexta posição em crescimento do PIB, entre os países que já divulgaram seus resultados. Os integrantes representam cerca de 85% da economia global, mais de 75% do comércio mundial e aproximadamente dois terços da população do planeta.
Variação do PIB no Japão, China e Índia lideram o ranking
- Índia: 6,8%
- China: 5,2%
- Indonésia: 5%
- Arábia Saudita: 3,7%
- Turquia: 3,3%
- Brasil: 3,2%
- Rússia: 2,6%
- Estados Unidos: 2,3%
- União Europeia: 1,5%
- Reino Unido: 1,3%
- Japão: 1,3%
- França: 0,8%
- Coreia do Sul: 0,7%
- México: 0,7%
- Itália: 0,6%
- Alemanha: -0,1%
Desaceleração no crescimento trimestral
Na passagem do primeiro para o segundo trimestre de 2025, o crescimento do PIB foi de 0,4%, indicando desaceleração em relação ao avanço de 1,3% registrado no mesmo período de 2024. Segundo a coordenadora da Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, essa desaceleração deve-se à política monetária restritiva adotada pelo Banco Central, que elevou os juros para conter a inflação.
Impacto da política monetária e expectativas para o próximo trimestre
Juros altos reduzem o consumo e o investimento, esfriando a economia e diminuindo a demanda por bens e serviços. Para o terceiro trimestre, a SPE projeta um crescimento do PIB “pouco inferior” ao observado no segundo trimestre, apesar de o mercado de trabalho permanecer resiliente, ajudando a sustentar a atividade econômica.
A projeção inicial de crescimento de 2,5% para 2025 foi revista com viés de baixa, refletindo a desaceleração mais acentuada no segundo trimestre e os efeitos defasados das políticas implementadas. Ainda assim, a expectativa é de que o país continue crescendo ao longo do ano, embora em ritmo mais moderado.
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