Brasil, 2 de setembro de 2025
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Brasil enfrenta grupo político interno que atua contra seus interesses, afirma diretor do Banco Mundial

Em Washington, diretor do Banco Mundial revela que há um grupo político brasileiro que age contra o país na guerra de tarifas e agenda de desenvolvimento

O diretor brasileiro no Banco Mundial, Marcos Chiliatto, afirmou em entrevista que o Brasil enfrenta um grupo político interno que atua contra os interesses nacionais. Segundo ele, essa situação é inédita na história do país e preocupa a relação do Brasil com o cenário internacional, especialmente na guerra de tarifas promovida pelo governo dos Estados Unidos.

Atuação de grupo político contra interesses do Brasil

Chiliatto destacou a presença de um grupo político brasileiro que trabalha contra o próprio país, especialmente no contexto das medidas protecionistas impostas pelos Estados Unidos. “A grande diferença do Brasil é ter um grupo político nacional atuando contra os interesses nacionais. Isso é algo que nunca se viu aqui”, afirmou o representante do Banco Mundial.

Diálogo e relação com Washington

Sobre a possibilidade de reestabelecer o diálogo com os Estados Unidos, Chiliatto reforçou a disposição do Brasil. “Estamos dispostos ao diálogo. Agora, o diálogo, como o presidente Lula já falou, pressupõe que as duas partes estejam dispostas a conversar”, declarou. Ele também comentou que mantém uma relação técnica e produtiva com o governo brasileiro, buscando estar preparado para futuras negociações.

Conjuntura internacional e impacto na política brasileira

O diretor do Banco Mundial avaliou que, nos últimos dois anos, o ambiente nos EUA ficou mais polarizado, dificultando a construção de consensos. “Nos últimos dois anos, a atmosfera em Washington dificultou a construção de consenso, principalmente no tema do financiamento climático e na busca por sustentabilidade global”, explicou.

Ele também reforçou que a ofensiva tarifária de Trump afetou diversos países, incluindo o Japão e outras nações latino-americanas, além do Brasil. “Ninguém vai dizer que o Japão é anti-American, mas também foi afetado. As medidas de tarifação incluem diferentes grupos de países, e o Brasil não é uma exceção”, completou.

Influência da família Bolsonaro e papel do Banco Mundial

Chiliatto comentou ainda sobre a influência do grupo político ligado à família Bolsonaro. “A atuação de um grupo político específico contra os interesses do Brasil é algo que nunca se viu aqui. No entanto, aqui em Washington, essa influência não é tão clara ou direta”, afirmou, destacando que a nomeação de Susana Guerra, vinculada ao bolsonarismo, para uma vice-presidência do Banco Mundial, não afeta a atuação técnica do banco.

Posição do Brasil no Banco Mundial

O representante brasileiro destacou que, atualmente, o Brasil tem uma carteira de empréstimos perto de US$ 2 bilhões, com previsão de chegar a US$ 6 bilhões até junho de 2026, incluindo projetos de infraestrutura, energia, saúde e educação. “Apesar das tensões políticas internas, o desempenho do Brasil na instituição permanece forte e alinhado com as prioridades do banco, como combate à mudança climática e inclusão social”, ressaltou.

Perspectivas futuras e relacionamento com Washington

Chiliatto afirmou que o Banco Mundial continuará apoiando as políticas de desenvolvimento do Brasil, mesmo com as mudanças no cenário político externo. “Estou confiante de que, em algum momento, o diálogo entre Brasil e Estados Unidos vai acontecer”, concluiu, reforçando a disposição do banco em manter uma relação técnico-profissional com o governo brasileiro.

Para mais informações, acesse a matéria completa no link original.

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