O governo belga informou nesta terça-feira (4) que planeja oficializar o reconhecimento do Estado palestino, após declarar que a medida será reafirmada na próxima Assembleia Geral da ONU, que começa em 9 de setembro em Nova York. A decisão final dependerá da libertação dos últimos reféns e do fim do controle do Hamas na Faixa de Gaza.
Bélgica anuncia sanções contra Israel
Segundo Maxime Prévot, vice-primeiro-ministro e ministro das Relações Exteriores da Bélgica, o país também imporá 12 sanções econômicas e diplomáticas contra Israel e produtos dos assentamentos na Cisjordânia ocupada. As medidas incluem a declaração de “persona non grata” para dois ministros israelenses extremistas, além de punições a líderes do Hamas e a colonos violentos.
Prévot esclareceu que as sanções visam assegurar o respeito às leis internacionais e humanitárias, manifestando a postura do país contra ações consideradas abusivas por parte do governo israelense, mas sem intenção de prejudicar o povo de Israel.
Pressões internacionais e posições de aliados
Nações como Canadá, Austrália, Nova Zelândia, Noruega e Reino Unido também têm adotado postura similar, sancionando ministros israelenses, incluindo Itamar Ben-Gvir e Bezalel Smotrich, por incitar violência extremista e violações dos direitos humanos palestinos.
“Nosso objetivo é pressionar por uma resolução pacífica e pelo respeito ao direito internacional, garantindo uma abordagem equilibrada na questão”, afirmou Prévot. A expectativa é que a decisão de reconhecimento do Estado palestino seja formalizada após o fim da atual crise na região.
Contexto e perspectivas futuras
A iniciativa belga ocorre em meio ao intenso conflito entre Israel e Hamas, e provoca reações diversas na comunidade internacional. Especialistas avaliam que essa postura reafirma a crescente polarização sobre a questão, enquanto busca-se equilibrar o apoio à Palestina com a condenação de ações violentas.
Segundo análises de organismos internacionais, o reconhecimento de um Estado palestino e as sanções contra Israel podem impactar significativamente as negociações de paz e a dinâmica regional nas próximas semanas.