Brasil, 1 de setembro de 2025
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William Bonner deixa JN após 29 anos em meio a queda de audiência

William Bonner se despede do Jornal Nacional, e César Tralli assume em meio a mudanças e histórico de baixa audiência.

O mundo do jornalismo brasileiro passa por uma nova fase com a saída de William Bonner da bancada do Jornal Nacional (JN), programada para o dia 3 de novembro deste ano. A decisão ocorreu em um momento crítico, onde o telejornal enfrenta a pior audiência de sua história, com registros em queda. Bonner, que ocupou a posição durante 29 anos, deixará o programa no marco de um significativo reposicionamento no jornalismo da Globo.

Contexto da saída de William Bonner

Essa transição acontece logo após a confirmação da emissora no aniversário de 56 anos do JN, e se insere em um contexto de reestruturação do jornalismo dentro da Globo, que também afeta programas como o Jornal Hoje e o Hora Um. O JN enfrentou uma significativa perda de audiência nos últimos anos, fechando 2024 com uma média de 23 pontos, um a menos do que em 2023, e a tendência de queda se acelerou em 2025, com os índices atingindo entre 20 e 22 pontos em algumas edições.

O futuro de Cé sar Tralli e Renata Vasconcellos

A nova formação do JN contará com César Tralli, que já foi anunciado como o substituto de Bonner, enquanto Renata Vasconcellos permanecerá na bancada. Tralli reconheceu a responsabilidade de seu novo papel e expressou sua honra ao assumir o lugar de Bonner. “Me sinto extremamente honrado. E ao mesmo tempo desafiado pela responsabilidade desta nova função. Espero, portanto, honrar a nova missão no JN,” declarou ele.

Renata também recebeu a notícia com entusiasmo, ressaltando a parceria de mais de dez anos que teve com Bonner no telejornal. “É com um imenso prazer que eu recebo César Tralli nessa nova etapa,” disse Vasconcellos, celebrando a chegada do novo colega.

A visão de Bonner sobre o futuro do telejornalismo

Durante sua trajetória no festival Cannes Lions 2025, Bonner compartilhou suas reflexões sobre o papel do telejornalismo no atual cenário de desinformação, enfatizando as dificuldades impostas pelas redes sociais. “As redes sociais seguem sendo um enorme problema para a humanidade. Estamos lidando com esse mal, com bolhas, intolerância crescente, e com o desafio de fazer com que as pessoas ouçam e respeitem opiniões diferentes,” afirmou. O ex-apresentador do JN acredita que o telejornalismo deve se adaptar a essas novas condições e autenticidade, ressaltando seu papel de contextualização de informações.

Em relação ao seu legado, Bonner destacou que, ao deixar a bancada, cumpriu um ciclo. Ele revelou que já vinha considerando essa decisão desde 2020 e expressou seu desejo de reduzir sua carga de trabalho e responsabilidades. “Foram cinco anos, desde a minha primeira conversa com a direção do jornalismo sobre o desejo de reduzir a carga horária,” informou.

Desafios e expectativas no Globo Repórter

Embora Bonner deixe o JN, ele seguirá sua carreira como apresentador do Globo Repórter em 2026, ao lado de Sandra Annenberg. O jornalista confirmou que seu sonho sempre foi integrar a equipe do programa. “Ser recebido pelo Globo Repórter me deixa honrado e gratíssimo,” afirmou.

Apesar da queda de audiência, o Jornal Nacional continua a ser um líder em seu horário, mantendo prestígio não apenas entre o público, mas também entre anunciantes e autoridades políticas. A evolução do programa e a nova fase enfrentada por seus jornalistas serão certamente acompanhadas de perto.

Com a saída de William Bonner, o cenário do jornalismo brasileiro toma um novo rumo e gera inúmeras expectativas sobre o futuro do JN e da sua nova formação. O que está por vir ainda é um mistério, mas a certeza é de que essa mudança marca o fim de uma era.

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