Brasil, 2 de setembro de 2025
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Trump faz declarações controversas sobre causas do autismo

Durante reunião no gabinete, ex-presidente reiterou teorias sem evidências sobre causas artificiais do autismo, alimentando desinformação

O ex-presidente Donald Trump voltou a provocar controvérsia ao sugerir, sem fundamentos científicos, que o autismo possa ter causas artificiais, durante uma reunião no gabinete na terça-feira. Ele pediu ao secretário de Saúde, Robert F. Kennedy Jr., que investigasse possíveis fatores causadores do transtorno.

Declarações sem respaldo e suas repercussões

Durante o encontro, Trump afirmou: “Há de haver algo artificial causando isso, como um remédio ou algo assim. Espero que vocês possam descobrir o mais rápido possível.” Kennedy, conhecido por suas posições contrárias à vacinação, afirmou que já possui indícios sobre causas do autismo, que seriam “quase certainly” (quase certamente) relacionadas a intervenções específicas.

Kennedy comentou que há intervenções que podem estar causando o aumento dos casos, previsão que, segundo ele, será divulgada em setembro. Especialistas destacam que estudos do Instituto Nacional de Saúde dos EUA, assim como outros órgãos científicos, apontam que o autismo possui causas multifatoriais, incluindo fatores genéticos, e que não há evidência de ligação direta com medicamentos ou vacinas.

Desinformação sobre vacinas e aumento de dúvidas públicas

Kennedy, que assumiu uma posição de ceticismo elevado em relação às vacinas, reiterou alegações infundadas de que as doses causariam autismo, além de afirmar que a vacina contra sarampo, caxumba e rubéola (MMR) conteria “restos de fetos abortados e partículas de DNA”. Tais afirmações foram desmentidas por estudos científicos e órgãos de saúde.

Recentemente, Kennedy também criticou as campanhas de vacinação contra a COVID-19, alegando que elas poderiam afetar grupos vulneráveis. Em junho, um de seus conselheiros no CDC saiu do cargo após alegar que a mudança nas recomendações de imunização dificultava proteger quem mais precisa.

Impacto e contexto da controvérsia

O aumento no número de casos de autismo, segundo especialistas, é atribuído principalmente ao maior conhecimento, melhor diagnóstico e maior conscientização, não a fatores artificiais. Pesquisadores reforçam que as causas do transtorno ainda não são completamente esclarecidas, mas que não há provas de ligação com medicamentos ou vacinas.

Durante a reunião, Kennedy prometeu que apresentará um relatório completo sobre as causas do autismo em setembro. Tanto ele quanto Trump expressaram preocupação com o crescimento dos casos, embora as evidências científicas contradigam essas alegações sensacionalistas.

Repercussões e preocupações públicas

Especialistas em saúde pública alertam que declarações como as de Trump podem gerar desconfiança e prejudicar campanhas de vacinação, essenciais para o controle de doenças2. Especialistas também lembram que discussões baseadas em teorias sem respaldo preferem a disseminação de informações responsáveis e fundamentadas.

A comunidade científica reforça que a melhor estratégia para lidar com o autismo é promover diagnósticos precoces e investigações baseadas em evidências, afastando-se de teorias conspiratórias.

Autoridades de saúde continuam empenhadas em esclarecer o público quanto à segurança e importância das vacinas, combatendo a desinformação que ameaça avanços no controle de doenças.

**Meta descrição:** Ex-presidente Donald Trump faz declarações sem provas sobre autismo, alimentando teorias conspiratórias durante reunião no gabinete.

**Tags:** Política, Saúde, Autismo, Vacinas, Desinformação

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