Brasil, 4 de setembro de 2025
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Tragédia na Bolívia: estudante brasileiro morre após ação de seguranças

O estudante Igor Rafael Oliveira Souza, de 32 anos, faleceu em Santa Cruz de La Sierra após ser imobilizado por seguranças em um incidente trágico.

No dia 26 de setembro, em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, o estudante brasileiro Igor Rafael Oliveira Souza, de 32 anos, perdeu a vida após um episódio em que foi imobilizado e asfixiado por seguranças. A mãe de Igor, Neidimar Oliveira da Silva Souza, expressou sua indignação e preocupação em relação às circunstâncias da morte do filho, que estava em um surto psicótico no momento da abordagem.

Entenda o incidente que levou à morte de Igor

Imagens de câmeras de segurança mostram que Igor entrou em um comércio visivelmente agitado. Segundo relatos, ele estava passando por um momento de crise quando um funcionário do estabelecimento tentou retirá-lo do local. Seis minutos após essa ação, seguranças chegaram e imobilizaram o estudante, que foi carregado para a calçada. Em dado momento, ao ser virado de barriga para cima, Igor já estava desacordado.

A autópsia realizada na Bolívia classificou a causa da morte como anoxia anóxica, asfixia mecânica por compressão torácica e asfixia mecânica por sufocamento. No entanto, um ponto polêmico gerou controvérsia: a autópsia indicava que Igor apresentava um “útero de tamanho e consistência normal, com presença de menstruação”. A família contestou essa parte do laudo, questionando a sua validade e relevância no caso.

Repercussão e auxílio consular

Após o incidente, o consulado brasileiro na Bolívia foi acionado. Em resposta à repercussão do caso, o consulado informou que os seis seguranças envolvidos foram julgados e condenados a dois anos de prisão, porém, permanecem em liberdade, uma vez que, na Bolívia, penas inferiores a três anos não resultam em encarceramento imediato. Essa situação levantou questionamentos sobre a eficácia do sistema judiciário local e a segurança dos cidadãos estrangeiros.

A mãe de Igor, Neidimar, viajou à Bolívia para buscar esclarecimentos e se reunir com autoridades consulares. O Ministério das Relações Exteriores do Brasil, em nota enviada à TV Globo, declarou que “tem conhecimento do caso e presta assistência consular à família” de Igor. Contudo, não foram divulgados detalhes sobre o tipo de ajuda oferecida ou se haverá suporte para o traslado do corpo de volta ao Brasil.

O que diz a família sobre o trágico incidente

A reação da família de Igor, especialmente de sua mãe, reflete não apenas a dor pela perda, mas também um pedido de justiça e transparência. Neidimar Oliveira da Silva Souza está determinada a obter respostas e justiça para a morte de seu filho. Ela questiona não só as circunstâncias que levaram ao seu falecimento, mas também a validade dos resultados da autópsia apresentada. O questionamento de evidências como a condição física de Igor no relatório se torna um ponto central na luta da família.

A importância de cuidar da saúde mental

O caso de Igor trouxe à tona uma questão extremamente relevante sobre a saúde mental e o suporte necessário para aqueles que enfrentam surtos psicóticos. Transtornos mentais permaneçam estigmatizados em muitas sociedades, incluindo no Brasil e na Bolívia. É imperativo que haja uma abordagem mais humanizada e sensível ao lidar com pessoas em crises, em vez de respostas baseadas na contenção e violência. Especialistas em saúde mental enfatizam a necessidade de mais recursos e treinamentos para funcionários de estabelecimentos comerciais e de segurança, para que possam lidar adequadamente com situações como essa.

A tragédia que envolveu Igor Rafael Oliveira Souza é um lembrete doloroso da fragilidade da vida e da necessidade de garantir a dignidade e segurança de todos, especialmente em momentos vulneráveis. A sociedade deve se mobilizar para que casos como este não se repitam e que as questões de saúde mental sejam tratadas com a seriedade e humanidade que merecem.

Enquanto a família busca justiça, fica a expectativa de que as autoridades tanto brasileiras quanto bolivianas se mobilizem para esclarecer todos os aspectos desse caso doloroso e garantir que os responsáveis sejam responsabilizados de acordo com a lei.

Para mais detalhes e atualizações, continue acompanhando as notícias.

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