Brasil, 4 de setembro de 2025
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Segredos dos filmes da Disney dos anos 90 que vão te surpreender

Os anos 90 marcaram a Era de Ouro da Disney, com uma renomada renaissance que começou com “A Pequena Sereia” em 1989. Durante essa década, muitos dos filmes mais queridos do público foram lançados, como “A Bela e a Fera” e “O Rei Leão”. No entanto, por trás das câmeras, vários fatos surpreendentes e bastidores dessa época revelam detalhes inacreditáveis sobre a produção e influência dessas obras.

Inovação e resistência: a criação de personagens icônicos

Linda Woolverton, roteirista de “A Bela e a Fera”, revelou que ela e Howard Ashman lutaram para que Belle fosse uma personagem que quebrasse o molde das princesas tradicionais da Disney. Segundo Woolverton, “queríamos uma heroína apaixonada por leitura, que tivesse sonhos e não fossem vítimas esperando por alguém para salvá-las.” Apesar da resistência do estúdio, a personagem se tornou um símbolo de empoderamento feminino na animação.

Além do roteiro, as interpretações de voz deram um toque especial aos personagens. Paige O’Hara, que dublou Belle, contou ao Hollywood Reporter que o relacionamento com Robby Benson, que deu voz ao Fera, foi fundamental para a atmosfera emocional do filme. “Gravávamos as falas lado a lado, o que não era comum devido ao alto custo,” ela explicou, “mas o resultado foi muito mais emocional e autêntico.”

Curiosidades de “A Bela e a Fera” e o reconhecimento no Oscar

Esse clássico foi o primeiro filme de animação a concorrer na categoria de Melhor Filme no Oscar, o que gerou reações controversas na época. A atriz Sally Field, na cerimônia, comentou de forma sarcástica sobre a presença do filme na disputa, dizendo esperar que isso não virasse um hábito. Apesar das críticas, o reconhecimento trouxe uma nova visão para o potencial do cinema de animação.

Outro fato interessante envolve a ad-libbing de Paige O’Hara, que brincou na gravação uma linha sobre o personagem Fera, quase entrando na versão final do filme. Depois, essa piada foi utilizada na releitura live-action, com Emma Watson fazendo a mesma pergunta ao Príncipe Adam.

“Toy Story”: o pioneiro da animação totalmente computadorizada

“Toy Story” foi o primeiro longa-metragem totalmente feito com animação por computador, garantindo a Pixar um Oscar de Destaque Especial. Ed Catmull, cofundador da Pixar, comentou que, na época, a equipe era composta de completos novatos. “Não sabíamos exatamente o que estávamos fazendo, mas tínhamos uma ideia fresca,” afirmou.

O personagem Woody passou por uma grande transformação antes de chegar à sua versão final. Originalmente, ele era um boneco de ventríloquo, bastante antipático e sarcástico, mas os animadores decidiram reimaginá-lo, focando na sua essência mais carismática e acessível, o que contribuiu para seu sucesso memorável.

O bastidor de “Aladdin” e o papel de Robin Williams

Robin Williams foi o responsável por dar vida ao Gênio de “Aladdin”, usando uma improvisação de mais de 16 horas durante as gravações. Sua abordagem brincalhona tornou-se um marco, além de quase ter inspirado uma versão diferente do personagem. Os criadores criaram vídeos de teste com seu humor, e Williams aceitou reduzir seus honorários, cobrando apenas US$75 mil pelo papel, além de uma participação nos lucros.

Curiosamente, o personagem do Gênio foi originalmente pensado para outro ator: Jack Nicholson, que se recusou a participar devido à cláusula de merchandising que ele queria em troca de seu papel, assim como Donald Duck. Assim, o papel acabou indo para Williams, que marcou uma das maiores mudanças na história da animação.

Desafios na produção e inovações técnicas

Filmes feitos fora dos estúdios Disney

“DuckTales: O Tesouro da Lampa Perdida” foi o primeiro filme de animação da Disney produzido em estúdios fora de Burbank, na França, na tentativa de redução de custos e inovação na produção internacional. Da mesma forma, “A Bela e a Fera” trouxe uma equipe de animadores francesa, que ajudaram a dar vida a cenários autênticos de Paris.

A tecnologia e a adaptação cultural

“A Resgatadora do Sul” foi o primeiro filme totalmente feito com animação digital, usando o sistema de Produção de Animação Computadorizada — uma inovação que tornou o processo mais eficiente, mas desafiador. Durante a pesquisa na Austrália, o personagem Cody foi inspirado por um menino aborígene, uma decisão que enfrentou resistência do estúdio por motivos comerciais e culturais, levando a protestos internos.

Detalhes sobre “O Rei Leão” e seus bastidores

O título original do filme era “King of the Jungle,” até os produtores descobrirem que leões não vivem em junglas, mas em savanas. Além disso, as vozes de Timon e Pumba foram escolhidas por uma decisão espontânea dos atores Nathan Lane e Ernie Sabella, que fizeram testes juntos e conquistaram a vaga, garantindo o humor único do filme.

Curiosamente, as gravações das feras e rugidos utilizavam não apenas sons de leões, mas também de tigres e até de Frank Welker, que imitou ruídos em um lata de metal, trazendo realismo às cenas da savana.

O legado dos anos 90 na animação Disney

De obras inovadoras como “Tarzan”, cuja animação foi inspirada por movimenos de skatistas, a aventuras épicas com temas culturais profundos, os filmes dessa década consolidaram a Disney como referência mundial. Ainda hoje, muitos desses bastidores e curiosidades surpreendem fãs e estudiosos, reforçando a magia por trás de clássicos que marcaram gerações.

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