Brasil, 1 de setembro de 2025
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Reag Holding negocia venda do controle da gestora de investimentos

A Reag Holding confirmou que está em tratativas para vender sua participação que controla a Reag Investimentos, quadro que reforça incertezas no mercado financeiro

Na manhã desta segunda-feira (1º), a Reag Holding divulgou por meio de fato relevante ao mercado que está negociando a venda de sua fatia que concede o controle da gestora de investimentos Reag Investimentos. A operação, que ainda está em fase de tratativas, não garante que uma transação seja concretizada, porém evidencia uma possível mudança de controle na gestora, conhecida por sua rápida ascensão no setor financeiro brasileiro.

Participação acionária e contexto da venda

De acordo com a própria Reag, a holding detém atualmente 63,93% das ações da Reag Investimentos, além de 23,45% vinculadas a pessoas ligadas à controladora. A tesouraria da gestora possui 0,14%, enquanto 11,68% estão em livre circulação no mercado. A operação ocorre em um momento de intensas investigações e ações policiais que envolvem a gestora, como detalhado na operação Carbono Oculto, realizada na última quinta-feira.

Operação Carbono Oculto e investigações

Na operação, foram realizadas buscas na sede da Reag Investimentos, após a investigação do Ministério Público que apontou que diversos fundos ligados à gestora teriam sido utilizados para lavagem de dinheiro e ocultação de bens, incluindo imóveis, veículos e usinas de álcool. Segundo reportagem do O Globo, onze fundos administrados pela Reag estavam sob investigação por suposta utilização em esquemas ilícitos promovidos pelo PCC.

Ascensão da Reag no mercado financeiro brasileiro

Fundada em 2012, a Reag conquistou destaque ao se tornar uma das maiores gestoras de ativos independentes do Brasil, atrás apenas de grandes bancos, com R$ 341,5 bilhões sob gestão até julho, segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Seu crescimento acelerado ocorreu principalmente pela aquisição de fundos exclusivos e gestoras, usados por famílias ricas para administrar suas fortunas.

Entrada na Bolsa e estratégias de crescimento

Em janeiro de 2025, a Reag tornou-se a primeira asset management brasileira a ter ações negociadas na B3. A estratégia de abertura de capital foi marcada por uma operação de “barriga de aluguel”, na qual adquiriu ações de uma plataforma de contratação de serviços, a GetNinjas, antes de tomar controle total da empresa. Apesar do sucesso, a operação também chamou atenção da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que abriu uma investigação sobre a transparência do processo.

Perspectivas futuras e impacto do anúncio

A possível venda do controle da Reag investe incertezas na continuidade das operações e na integridade da gestão. Especialistas apontam que a mudança de controle pode gerar uma reestruturação na estratégia da gestora ou uma possível saída do mercado de ativos independentes, que até então vinha apresentando sólido desempenho e crescimento acelerado. A situação reforça o clima de instabilidade ao redor da gestora, que mesmo assim se mantém uma das maiores do setor nacional.

Segundo a Reag, as negociações ainda estão em estágio inicial, e qualquer confirmação de negócio dependerá de acordos de confidencialidade firmados entre as partes interessadas. O fato relevante também reforça os sinais de que o mercado de investimentos brasileiro passa por mudanças significativas, em meio a investigações e mudanças na governança de empresas ligadas a operações ilícitas.

Para mais detalhes, confira a notícia completa no O Globo.

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