Brasil, 4 de setembro de 2025
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Perda de trabalho por ser americano revela o peso da política global

Criativo e expressivo, Joe Guay enfrenta o impacto de políticas internacionais que afetam sua carreira de voice-over nos EUA

Na semana passada, Joe Guay recebeu um e-mail que mudaria sua rotina profissional: uma empresa canadense decidiu encerrar o contrato devido às recentes ações políticas dos Estados Unidos, refletindo uma onda de boicotes internacionais. A mensagem ressaltava a impossibilidade de continuar negócios com americanos, citando a atual conjuntura global e a rejeição à nossa nação.

Impacto na carreira de um artista americano diante de tensões internacionais

Guay, conhecido por suas vozes confiáveis e carismáticas em comerciais, vídeos informativos e webinars, vê sua fonte principal de renda desaparecer sem aviso prévio. “O vínculo de confiança entre meu trabalho e meus clientes foi rompido por uma questão de associação, apesar de minha posição pessoal”, comenta.

Ele relata que, apesar de tentar explicar sua postura política ou suas opiniões, o que importa agora é a percepção coletiva de que é um cidadão americano, mesmo sem envolvimento direto nas decisões governamentais atuais. “Minha voz se tornou símbolo de uma identidade que não quero mais que seja associada ao país”, lamenta.

Rejeição internacional e suas consequências econômicas para cidadãos comuns

Guay destaca que a decisão dos canadenses, embora compreensível diante do contexto, revela uma tendência maior de isolamento global dos Estados Unidos. “Nosso país está sendo tratado como um inimigo, mesmo quem não apoia as ações do governo atual”, afirma.

Essa hostilidade afeta não apenas grandes empresas, mas também microempreendedores e freelancers como ele, que dependem de relações de confiança e reconhecimento internacional. “Estou em um momento de mourning, de perda, e tudo isso por uma decisão política da qual não faço parte”, desabafa.

Resiliência e esperança em tempos difíceis

Apesar do golpe, Guay demonstra resiliência e um espírito de luta. “Ainda quero usar minha voz, minha escrita, para mostrar que somos mais que os erros do governo”, diz. Ele pondera se deve adotar sotaques diferentes ou criar uma nova identidade para continuar seu trabalho.

Enquanto isso, observa o cenário político e social em transformação, com aliados tradicionais se distanciando e novas potências emergindo. “O que será de nós nesse novo mundo? Precisamos reagir, buscar nossas próprias forças”, conclui.

Essa situação evidencia que, em tempos de crise política, as consequências chegam ao cotidiano de pessoas comuns. Como Guay, diversos cidadãos americanos estão enfrentando o impacto direto de uma política exterior que os torna, involuntariamente, alvos de rejeição global.

Para ele, o caminho agora é seguir lutando pelo que acredita, mantendo vivo seu talento e suas palavras, mesmo diante do exílio moral e profissional. Afinal, em meio ao caos, a expressão individual se torna uma arma de resistência.

Joe Guay reside na Califórnia e tem seus textos publicados em plataformas como Medium e Substack, além de colaborar com veículos como HuffPost. Sua luta é a prova de que, mesmo sem espaço na política, a voz de cada um pode fazer a diferença na narrativa de um país em crise.

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