A ajuda aos necessitados é um tema que sempre toca o coração dos líderes espirituais, e o Papa Leão XIV não fugiu à regra ao se reunir com uma delegação da Opera San Francesco per i Poveri (OSF), na Sala Clementina, no Vaticano. O encontro, que ocorreu no início de setembro, ressaltou a importância do trabalho solidário na capital econômica da Itália, onde, apesar do desenvolvimento, a pobreza continua a crescer. O Papa contextualizou o trabalho da OSF como uma extensão do amor e da caridade, representando a dedicação do Venerável Frei Cecilio Maria Cortinovis, que a fundou.
A Obra São Francisco e seu impacto
Com quase 70 anos de história, a Opera San Francesco per i Poveri é uma instituição que promove assistência, acolhimento e promoção das pessoas em situação de vulnerabilidade. O Papa ressaltou a importância de estar presente na vida das mais de 30 mil pessoas atendidas anualmente pela OSF, que oferece desde refeições gratuitas até serviços de saúde e apoio psicológico. De acordo com Leão XIV, assistir diz respeito à presença nas necessidades do próximo, um testemunho vivo de compaixão e solidariedade.
Além do aspecto assistencial, o Papa destacou o valor da acolhida e o papel humanizador do olhar e do gesto simples. Segundo ele, o acolhimento não se resume a doações materiais, mas envolve um comprometimento emocional que ajuda a superar a solidão. A frase que sintetiza essa ideia é: “É a atitude de olhar nos olhos, de apertar a mão”, um conceito valorizado por ele e pelo Papa Francisco.
Três pilares: Assistir, acolher e promover
Leão XIV detalhou as três dimensões do trabalho da OSF que são fundamentais no enfrentamento das desigualdades sociais. O primeiro pilar, assistir, abrange a prestação de serviços essenciais como alimentação e cuidados médicos. O segundo pilar, acolher, envolve criar um espaço de escuta e apoio, algo que é essencial em uma sociedade onde o isolamento se torna uma questão crítica.
Por último, o terceiro pilar, promover, refere-se a ajudar as pessoas a se desenvolverem integralmente, possibilitando que sigam seus caminhos sem imposições ou recusas. “O dever da Igreja, e de cada voluntário, é viver a caridade e ajudar o próximo em sua totalidade”, enfatizou o Papa. Essa perspectiva é vista como uma oportunidade de crescimento moral e cultural para toda a sociedade.
Agradecimento do Papa
Em seu discurso, o Papa destacou a viagem dos voluntários da OSF, que, nas palavras dele, são “testemunhas e protagonistas” de uma bela aventura de solidariedade. O reconhecimento por parte do Pontífice é um incentivo para que os membros da OSF continuem seu trabalho, sempre promovendo a dignidade e a esperança entre os assistidos. “Obrigado pelo que fazem e pelo testemunho que dão com o seu caminhar juntos!”, finalizou.
A Opera San Francesco per i Poveri, fundada com o intuito de combater a pobreza e promover a dignidade humana, é um exemplo de como o amor e a caridade podem se transformar em soluções concretas na vida das pessoas. Em tempos de incertezas e desigualdade, ações como essas precisam ser celebradas e incentivadas.
A interação do Papa com a instituição é um lembrete poderoso de que o amor e a solidariedade são fundamentais para enfrentar as adversidades sociais e ajudam a moldar um mundo mais justo e humano. O exemplo do Venerável Frei Cecilio Maria Cortinovis continua a inspirar gerações a agir com bondade e compaixão, fundamentais para ajudar os mais necessitados.
Para ouvir a íntegra da reportagens, disponíveis também na versão em áudio, acesse o conteúdo através do link aqui.
